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Ação cultural da JS não convence vereador do PSD na Câmara Municipal

 

… por considerar tratar-se de uma “ação política”.

Destinado à exibição de três filmes, em três momentos distintos – 8, 9 e 10 de março -, o ciclo de cinema “Organização Popular” que estava a ser dinamizado pela JS de Oliveira do Hospital não convenceu o vereador do PSD na Câmara Municipal que, no imediato, acusou aquela juventude partidária de “estar a misturar a política com o poder”.

“Deve haver separação total do exercício do poder, da política”, considerou Mário Alves, que interpretou o ciclo de cinema como “uma ação de propaganda política”, para além de também estar a “substituir” a própria Câmara Municipal naquela que é a sua responsabilidade de promover a cultura no concelho.

“Não entendo assim”, reagiu a vereadora da cultura oliveirense, que apesar de também perceber tratar-se de uma “ação política” disse não ver problema na realização da iniciativa cinematográfica. “Não me repugna nada que uma entidade como esta proponha uma ação cultural”, referiu Graça Silva, que entretanto mereceu o reparo de Alves de “não querer ver”. “Tem dificuldade de visão política”, acusou o vereador da oposição, que nunca se opôs à utilização da casa da Cultura para aquele fim, entendendo porém que a JS pagasse para o efeito, tal como decorre do regulamento de utilização do espaço.

“Rejeito e enjoo qualquer tipo de censura”, reagiu entretanto o vice-presidente da Câmara Municipal que recuou ao passado para lembrar a cedência do espaço para fins políticos e pegou no exemplo de Coimbra para notar que iniciativas políticas acontecem regularmente em espaços como a Casa da Cultura, anfiteatro do IEFP e o Conservatório Regional de Música. “Nunca vi nenhum entrave pelo facto de ali se realizar uma iniciativa política e não me parece que as leis para Coimbra sejam de abertura para todo o tipo de entidades e, em Oliveira do Hospital não”.

Do mesmo modo, Alves disse “rejeitar, enjeitar e chutar para canto e para fora toda a forma de promiscuidade”. “Não lhe admito que diga que isto é censura”, continuou o vereador da oposição em clara defesa da separação da política e o exercício do poder.

Logo a considerar que três dias de cinema são “excessivos”, o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital lembrou a Mário Alves que a “Câmara não é só por si detentora da cultura”. “Se fosse a OH.s21 a pedir estaríamos a discutir isto?” questionou José Carlos Alexandrino que nesta matéria disse ter a preocupação de ser “justo e imparcial”. “Ou sou eu que sou estúpido , ou então conseguem ver o que eu não consigo ver”, retorquiu Mário Alves manifestamente contra a comparação feita por Alexandrino entre a a juventude socialista e a associação cultural. “Querem equiparar?”, questionou.

Para o vereador do movimento independente “Oliveira do Hospital Sempre” em causa está um problema de “ofício”, porque a JS pede cedência do espaço para uma ação cultural quando no fundo, se trata de uma ação política que, no entender de José Carlos Mendes, deveria ser assumida por aquela estrutura. Um argumento válido para o presidente da Câmara que acabou por colocar à votação do executivo a cedência gratuita do espaço para um único dia, devendo os três dias ser pagos, como consta em regulamento. A proposta foi aprovada, com a abstenção de José Francisco Rolo.

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