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Agregação de Freguesias: PS de Oliveira do Hospital desafia deputados do PSD e CDS-PP ao “voto contra” ou “abstenção”

 

… pela proposta da Unidade Técnica e desafiou os deputados do PSD e CDS-PP na Assembleia da República a votarem contra “ou, pelo menos, pela abstenção”.

“Há formas corajosas de fazer com que a lei não vá para a frente”, entende o presidente da Comissão Política do PS de Oliveira do Hospital que, há instantes, reiterou a total oposição da estrutura local à recente proposta de reorganização do território concelhio, apresentada pela Unidade Técnica.

Em conferência de imprensa, José Francisco Rolo para além de, no imediato, se colocar ao lado das populações, autarquias e coletividades afetadas pela proposta, dirigiu-se aos deputados do PSD e CDS-PP na Assembleia da República e desafiou-os a não votarem favoravelmente às propostas da Unidade Técnica.

“Está nas mãos e na consciência dos deputados do PSD e CDS-PP fazer o voto contra ou, pelo menos, a abstenção”, referiu o líder concelhio socialista, considerando tratar-se de um “desafio político e em consciência”. “Votem pela abstenção”, insistiu José Francisco Rolo.

Lembrando todos os passos dados desde o início deste processo, ainda por ocasião do documento verde, José Francisco Rolo não tem dúvidas de que o caminho trilhado pela Câmara Municipal, Juntas de Freguesia e Assembleia Municipal foi o mais acertado. “Tudo foi feito com abertura, transparência e diálogo”, regista o socialista, lamentando que apenas a concelhia do PSD não tenha comparecido para dar opinião. “Lamentamos que o PSD tenha estado escondido, defendendo a pronúncia e fazendo agitação sem nunca apresentar uma proposta… ou foi falta de coragem ou mera agitação”, afirmou José Francisco Rolo, que tomando por base declarações do secretário de Estado Paulo Júlio, disse estar em causa “uma matéria da Assembleia da República e não das Câmaras e Juntas de Freguesia”.

Num processo que se adivinha turbulento, o líder concelhio do PS reiterou ainda a solidariedade do partido para com a Câmara Municipal e conclusões que venham a ser retiradas da reunião que, amanhã, vai acontecer com os 21 presidentes de Junta de Freguesia. Do mesmo modo, regista o trabalho jurídico que está a ser feito por parte da mesa da Assembleia Municipal, no sentido de aferir da possibilidade de aquele órgão ainda poder vir a tomar uma posição política “sempre no sentido de rejeitar a proposta da Unidade Técnica”.

“ Entendemos como pesaroso o abate de cinco freguesias”, refere José Francisco Rolo, que considera como “completo disparate” o uso que é feito da lei “para promover a agregação de freguesias e ganhos de escala”. “As poupanças são nulas e insignificantes”, refere o socialista, chamando a atenção para o facto de a lei estar a “fraturar populações e a criar confusão”. “É uma manobra de diversão grave”, avisa.

“Seguramente que as reações das pessoas virão aí”

Líder do bancada socialista na Assembleia Municipal e presidente da Junta de Freguesia de Ervedal da Beira, Carlos Maia lamenta que o governo não tenha sabido retirar as devidas ilações daquilo que foi a vontade expressa da maioria das assembleias municipais. “Mais de dois terços não se pronunciou acerca desta lei”, lembra, notando que tal prova que a maioria das populações é “contra esta lei feita por pessoas desnorteadas”.

“Isto é um ato tresloucado e teimoso”, considera Carlos Maia, que não tem dúvidas de que as populações não tardarão em reagir. O boicote eleitoral já nas próximas eleições é já tomado como certo por parte do socialista, lembrando que “por muito menos têm havido boicotes a atos eleitorais”. “Seguramente que as reações das pessoas virão aí”, avisa.

À frente de uma freguesia sinalizada pela Unidade Técnica como autarquia agregadora da vizinha de Vila Franca da Beira, Carlos Maia esclarece que a Junta de Freguesia de Ervedal da Beira sempre se manifestou contra a extinção de qualquer freguesia e nunca defendeu a agregação das duas freguesias. Situação que leva o autarca a perceber aquela que tem sido a postura do presidente da Junta de Freguesia de Vila Franca da Beira, João Dinis, de total oposição à extinção da sua freguesia. “Se fosse eu não fazia nem mais, nem menos … depois de lhe darem uma freguesia, agora estarem-lhe a retirar…”, comentou, partilhando do desafio lançado pelo presidente da concelhia aos deputados dos partidos do governo.

“Abstenham-se para que este processo tenha o seu final”, referiu.

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