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António Duarte parte para candidatura com determinação de devolver a Câmara Municipal ao PSD

 

… da união no partido, o candidato surpreendeu ao afirmar que é hora de Mário Alves “voltar a ser útil” ao PSD de Oliveira do Hospital.

Foi com firmeza e com a ambição de fazer do PSD o partido ganhar nas eleições autárquicas de 2013 que António Duarte oficializou, ontem, a candidatura da lista que encabeça – a lista A – à Comissão Política de Secção (CPS) do PSD de Oliveira do Hospital, que vai a votos no próximo dia 8 de junho.

Numa conferência de imprensa onde juntou cada um dos elementos que o acompanham no novo desafio político, António Duarte clarificou os contornos do processo que o conduziu ao novo projeto político, garantindo que a preocupação maior foi de formar uma equipa com “capacidade aglutinadora”, tendo sempre em vista o “objetivo prioritário de ganhar as eleições autárquicas em 2013”.

Em causa está uma equipa que destoa daquilo que foi um passado recente do PSD e em que eram evidentes as fações que chegaram a opor alguns dos principais rostos do partido a nível concelhio.

Fraturas que, a olhar pelos elementos da lista candidata e liderada por António Duarte, parecem estar sanadas e ultrapassadas. “Quem quiser ver que o PSD deu um grande passo para união, basta ver estas pessoas que estão aqui”, chegou a constatar o candidato à presidência da concelhia do PSD que, rejeitou a ideia de aquela união ter sido conseguida à custa da decisão política do ex social-democrata Paulo Rocha que, no início do ano, decidiu integrar a equipa socialista da Câmara Municipal.

“Não nos moveu aqui qualquer ódio pessoal”, clarificou Duarte, notando que Paulo Rocha tomou a sua opção enquanto adulto que é, na certeza porém de que ao integrar o executivo municipal “sabia bem quais as consequências desse ato”.

Uma matéria que chega a ser desvalorizada pelo candidato que prefere antes destacar a qualidade dos elementos que tem à sua volta. “É gente com valor, que não está amordaçada e não teme ir para o confronto”, referiu o candidato que falou da importância de o PSD aproveitar “o capital humano inexcedível”, que tem à disposição para partir para um projeto ganhador.

Consciente do momento difícil que afeta o partido – “por causa do estado em que os sucessivos governos PS deixaram o país”, frisou – e que nos últimos tempos tem levado à “descrença” e “desmotivação” dos oliveirenses no partido, o candidato vale-se da sua “experiência” para atestar da natural ideologia social-democrata que sempre marcou o concelho de Oliveira do Hospital. Um sentimento que Duarte espera voltar a fazer despertar entre os oliveirenses e fazer do PSD um partido ganhador em 2013.

“O resquício da social-democracia há-de voltar a emergir”, assegura o candidato que sem dúvidas acerca dos seus propósitos para 2013, justificou a sua própria candidatura à CPS do PSD com o sentimento de que era chegada a hora de se tomar decisões e de “evitar perda de tempo”. “Para quem dizia que o estratega só sabia pensar, eu decidi avançar”, notou, assegurando que do lado da equipa que o acompanha há apenas a pretensão de servir o partido e não o inverso.

A prová-lo – sublinhou – está o facto de o futuro candidato à Câmara Municipal pelo PSD não emergir do seio da Comissão Política. Um nome que garante só revelar em dezembro – “é o novo messias”, ironizou – com a certeza de que será alguém conhecedor da realidade concelhia, não chegando contudo a excluir a possibilidade de o partido poder vir a contar com Mendes para o efeito. “Como qualquer cidadão e militante pode ser útil ao PSD. Esta CPS não se pode dar ao luxo de excluir ninguém”, afirmou o candidato a propósito de Mendes, chegando a surpreender com o desafio que da sede da CPS lançou ao ex presidente da Câmara Municipal, Mário Alves.

“Gostava de o ver aqui dentro”, afirmou António Duarte que, tomando por base declarações proferidas por Alves numa recente entrevista, disse ser “o momento para voltar a ser útil ao partido”.

Numa postura firme e num estilo que se adivinha combativo, António Duarte disse não haver tempo para grandes delongas – “o tempo é curto”, observa – pelo que cada uma das iniciativas a desenvolver pela futura CPS terá o objetivo firme de “encontrar as melhores pessoas que nos diversos órgãos autárquicos desempenhem um bom serviço no concelho”. “Iremos fazer trabalho árduo e exaustivo e quem vier terá que ser com provas dadas”, referiu António Duarte que está disponível para “fazer o possível e o impossível para que o PSD ganhe as eleições”, clarificando porém não pretender entrar “na política baixa e rasteira, nem menosprezar os adversários”.

Duarte acusa executivo municipal de “esbanjar dinheiro em coisas inúteis”

Ainda no papel de candidato à presidência do PSD de Oliveira do Hospital, António Duarte já deixou um “cheirinho” daquela que virá a ser a sua postura para com o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pela equipa socialista na Câmara Municipal.

“Assistimos a um mau desempenho, populismo, despesismo e ineficácia”, afirmou Duarte, constatando até que “não existe rumo neste executivo”, que “parece estar num mundo diferente, ao esbanjar dinheiro em coisas inúteis e que daqui a uns anos vão estar obsoletas”.

A construção da piscina em Seixo da Beira e do Centro Educativo em Nogueira do Cravo foram dois exemplos da má política socialista apontados pelo candidato, que alertou para o facto de a freguesia de Seixo da Beira caminhar para a redução do seu número de habitantes e de a população escolar estar a regredir de ano para ano.

“Leva-me a acreditar que não há rumo”, insistiu António Duarte, que saindo em defesa do anterior executivo de Mário Alves, lamentou que aqueles que antes criticaram “um boletim municipal com obras”, agora tenham “caído no ridículo de apresentar um boletim com um balcão do cidadão”. “Em três anos esta é a obra emblemática deste executivo?”, questionou o social-democrata, certo de que a partir de 8 de junho, a futura CPS do PSD “vai fazer sentir ao povo de que não é este tipo de política, de festas e romarias, que quer para os seus filhos”.

Na corrida pela liderança do PSD, Duarte revelou-se defensor de uma política diferente que contribua para a inversão do decréscimo populacional e para o desenvolvimento do concelho que “já foi o terceiro no distrito e agora é sétimo”.

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