António Lopes acusou ontem o executivo da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital de mostrar falta de ética e cultura democrática na forma como apresentou a situação financeira do município. O eleito à Assembleia Municipal contestou os números apresentados pelo presidente da autarquia José Carlos Alexandrino que disse ter encontrado em 2009 uma dívida superior a 7,5 milhões de euros, e que agora se situa em pouco mais de cinco milhões. António Lopes diz que a dívida do anterior executivo, em 30 de Novembro de 2009, era apenas de 5.130.346,01 euros.
O homem que foi eleito para liderar a Assembleia Municipal faz questão ainda de sublinhar que o anterior executivo deixou subsídios, para receber, num total de dois milhões e seiscentos mil euros. E classificou de “desonestas” as criticas de José Carlos Alexandrino sobre a dívida herdada, porque, garante, ele próprio, em Setembro de 2007, votou favoravelmente um empréstimo de cinco milhões de euros. “O empréstimo foi aprovado com 36 votos a favor, o dele incluído, e duas abstenções. Agora atirou-se ao anterior executivo sobre um acto que toda a Assembleia naquela data aprovou, incluindo ele. É falta de ética e de cultura democrática”, sublinhou.
António Lopes considerou ainda que terá existido alguma encenação na forma como foi apresentada a informação acerca da actividade e da situação financeira do Município. “Os senhores eleitos do PS faziam umas perguntas de algibeira, e o senhor Presidente da Câmara tinha um quadro em letras grandes com as respostas, conta António Lopes que em plena Assembleia Geral pediu a José Carlos Alexandrino para mudar de registo. “Essa estratégia fui eu que lha ensinei, ando aqui há 40 anos.Mude de registo. Mas reconheço que o Sr. Presidente está a ficar refinado.”, atirou calma e ironicamente na sua intervenção.