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Beira Serra está “unida” e quer ser “voz ativa e forte na região”

O território da Beira Serra quer ter uma palavra a dizer no processo de reorganização do território em curso, ao nível da redefinição dos limites das atuais NUT III, não estando disponível para aceitar que “se coloquem em causa as redes de complementaridades que ali foram criadas e consolidadas”.

Esta é uma das conclusões maiores do 3º Congresso da Beira Serra que, nos dias 26 e 27 de outubro, juntou a ADIBER – Associação para o Desenvolvimento Integrado da Beira Serra, os municípios de Oliveira do Hospital, Góis, Tábua e Arganil e vários outros agentes da região, com o objetivo de delinear uma estratégia de desenvolvimento para o período entre 2014-2020, período de vigência do Quadro Estratégico Comum.

Numa ação onde foi evidenciada a “coesão, a união e o relacionamento cúmplice”, existentes entre os municípios e onde se chegaram a reforçar relações, o território da Beira Serra disse a “uma só voz” que se pretende assumir como “parte integrante” e “voz ativa” na região onde está inserido, e que espera seja capaz de “atrair outros territórios”. Na mira estão os concelhos a Norte e os respetivos recursos, entendidos como mais valias capazes de potenciar a riqueza instalada e de a projetar no contexto nacional.

Num congresso que, logo no arranque, ficou marcado pela preocupação dos municípios em matéria de reorganização do território (NUTIII), resultou num pedido de cautela na nova delimitação territorial . “Não se revelam razoáveis ou aceitáveis as decisões administrativas apenas alicerçadas em argumentos estritamente estatísticos”, avisam os municípios que certos das mais valias resultantes da coesão territorial, entendem que “retroceder é colocar em causa os avanços conseguidos e a sobrevivência da região”.

ESTGOH é solução para travar desertificação

Firmes na “união” em torno do projeto comum que é a ADIBER, os municípios reiteram a continuidade numa aposta Supra-municipal – “num quadro de racionalização dos recursos existentes para a satisfação de necessidades comum”, asseguram – e a luta contra a desertificação.

Para inverter a realidade demográfica, a Beira Serra é unânime em considerar “fundamental” a atração de conhecimento multidisciplinar e a captação de jovens. Neste domínio, o meio académico e, em particular a Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital (ESTGOH) é referenciada como um “centro de excelência de inovação e conhecimento neste território” e que “mais rápida e eficazmente responderá às efetivas necessidades”.

De dois dias de trabalhos com vários agentes regionais, foi ainda possível concluir que o desenvolvimento do território deverá passar pela aposta nos produtos endógenos, incorporando inovação e tecnologia, de modo a facilitar o acesso a novos mercados.

Contudo, no fomento ao empreendedorismo, o território não tem dúvidas de que o sistema bancário deve figurar como “parceiro ativo”. A criação de pólos de competitividade na região, em torno dos seus recursos, é também apontada como elemento integrante da estratégia que o território pretende implementar, sendo que para o efeito é “determinante beneficiar da proximidade de uma ampla rede de serviços públicos”.

Um Estado mais próximo, por via da desconcentração de serviços, é o que na realidade a região da Beira Serra pretende, bem como a criação de legislação que agilize novas iniciativas de desenvolvimento e contribua para a desburocratização de procedimentos, em particular na área de ordenamento de território e do crescimento económico e que, hoje, “sofrem constrangimentos excessivos que desmotivam e afastam os potenciais investidores”.

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