… a Universidade do Minho e a Casa Matias pretendem incutir no processo de produção de Queijo Serra da Estrela.
A BLC3- Plataforma para o Desenvolvimento Integrado da Região Interior Centro está de olhos postos numa das maravilhas da gastronomia portuguesa, o Queijo Serra da Estrela, com o objetivo de tornar a sua produção mais lucrativa.
Em trabalho conjunto com a Universidade do Minho e a Casa Matias que, este ano, inaugura uma das unidades mais modernas da Europa, a BLC3 está a preparar o que designa por “choque tecnológico”, associado a “uma grande dose de inovação” com o objetivo de “revolucionar” a produção do afamado produto.
O principal objetivo do projeto, que em março vai ser candidatado ao QREN, através do “Compete – Programa Operacional Fatores de Competitividade”, é a valorização de um queijo, através do desenvolvimento de um projeto de investigação aplicada para a construção de um protótipo.
Na prática, o projeto vai consistir em três áreas distintas e que inicialmente passa pela criação de um “kit” analítico que diferencie o queijo produzido com o leite da raça Bordaleira Serra da Estrela, daquele que incorpora leite importado de Espanha ou de outras regiões.
Numa segunda fase, a BLC3 pretende avançar para a eliminação dos bolores, que dificultam a conservação do queijo após os 35 a 40 dias de cura.
Num terceiro momento, surgirá a fatiagem do produto em doses individuais para responder aos novos padrões de consumo, através de uma embalagem que mantenha a textura da fatia e permita a sua conservação, sem bolores.
Com estas alterações tecnológicas, a BLC3 pretende que o Queijo Serra da Estrela tenha acesso facilitado em mercados gourmet. Ao mesmo tempo, visa inverter o desinteresse associado à atividade.