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Câmara de Oliveira admite recorrer a providência cautelar

 

… deu conta  da possibilidade de o executivo recorrer a uma providência cautelar para travar a constituição do mega agrupamento já anunciado pelo ministério da Educação.

“O executivo vai continuar a luta contra esta decisão com ações de protesto”, afirmou Graça Silva no final do périplo que os deputados do PS na Assembleia da República, eleitos pelo círculo eleitoral de Coimbra, efetuaram aos quatro agrupamentos e Escola Secundária de Oliveira do Hospital na sequência do anúncio de criação de um único agrupamento de escolas no concelho.

“Uma atrocidade”, classificou a vereadora da Educação no executivo oliveirense, admitindo a possibilidade de o município avançar com uma providência cautelar no sentido de impedir a aplicação prática de uma decisão que – clarificou – não teve em conta a proposta que resultou da comunidade educativa e do próprio Projeto Educativo Local de criação de dois agrupamentos, um a Norte e outro a sul, com a devida autonomia da Escola Secundária.

“É de lamentar que após tanto trabalho, venha uma solução com a qual não nos revemos”, registou Graça Silva, estranhando também que o mega agrupamento proposto para Oliveira do Hospital seja o único com cinco escolas agregadas. “Porque é que somos constantemente prejudicados? É porque somos do interior?”, questionou a responsável pela Educação concelhia, queixando-se de “desrespeito e grande traição para com Oliveira do Hospital”.

Uma traição que, para os deputados do PS, foi protagonizada pela então Diretora Regional de Educação do Centro que não agiu em conformidade com aquilo que vinha sendo “negociado”. “Houve uma traição ao diálogo”, registou Mário Ruivo, criticando o modo como Cristina Oliveira conduziu o processo em Oliveira do Hospital “na base da mentira”. “Não há um dirigente político que queira lealdade com a comunidade quando já participou numa mentira”, referiu o deputado numa recado claro àquela que é a candidata do PSD à Câmara Municipal de Oliveira do Hospital. “Temos que penalizar a mentira. É preciso uma relação de verdade”, insistiu Mário Ruivo que, no Agrupamento de Escolas da Cordinha se comprometeu a questionar o governo sobre o motivo que levou à alteração de procedimentos e “à violação do diálogo com a comunidade”.

Para além de “tornar público o protesto” da comunidade educativa oliveirense, Ruivo disse ainda ser intenção dos deputados do PS eleitos por Coimbra desafiar todos os partidos, para que se condene a postura da DREC e da diretora regional, Cristina Oliveira, num processo onde a Câmara e os diretores das escolas assumiram uma postura de responsabilidade perante a necessidade de fazer uma reorganização educativa.

“Prometemos fazer o que está ao nosso alcance para que o ministério da Educação recue nesta decisão”, disse ainda o deputado João Portugal.

Numa altura em que já é conhecida a clara oposição do PS concelhio à imposição de constituição de um único mega agrupamento, o presidente da concelhia oliveirense voltou hoje a repudiar o “erro que atenta contra o ensino público, lesa a qualidade da educação, alunos, professores e funcionários”. “É um erro e um logro”, insistiu José Francisco Rolo, dando conta da impossibilidade de o PS e o executivo municipal de que faz parte aceitar uma medida “traiçoeira” e que é a “mais grave já tomada contra a educação em Oliveira do Hospital”. Volta porém a avisar que os seus “autores” vão ser chamados à responsabilidade por tal “ato provocatório e sem sentido”.

Do lado da Câmara Municipal da defesa da proposta de criação de dois agrupamentos e a autonomia da Escola Secundária, Rolo desafiou também o executivo a dar continuidade ao Projeto Educativo local. “ É a solução pacífica , equilibrada, antes que o setor educativo pegue fogo e se torne num foco de conflito e de mau-estar”, referiu.

Preocupado com a degradação da qualidade educativa e com a perda de postos de trabalho de professores e operacionais técnicos, o diretor do Agrupamento de Escolas da Cordinha alertou hoje para o perigo de “esvaziamento” e “atrofiamento dos espaços escolares”. “Há aqui uma revolta bastante grande”, desabafou ainda Carlos Carvalheira, criticando o facto de a DREC e o ministério da Educação não terem dado importância aquela que era a proposta do municípios e das próprias escolas. “Não fomos tidos , nem achados”, condenou.

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