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Carlos Rocha volta a insurgir-se contra a comissão politica do PSD e comenta candidatura de António Lopes pelo PS

Esta posição é defendida por Carlos Teixeira da Rocha, que num artigo de opinião publicado na última edição do jornal Folha do Centro (FC), desfere vários ataques políticos contra a comissão política do PSD, acusando José Carlos Mendes de se querer manter à frente dos destinos do PSD “para dificultar a formação de listas de candidatos afectas a Mário Alves, a coberto de recursos jurídicos e das esperadas habilidades políticas”.

Sustentando que o presidente da concelhia social-democrata “mostra que já foram substituídas as tão apregoadas capacidades de diálogo e convergência de ideias por uma batalha jurídica sem fim à vista, dentro ou fora do PSD”, Carlos Rocha não deixa também de aproveitar este artigo no FC para fazer o seu primeiro comentário político relativamente às candidaturas de José Carlos e Alexandrino e António Lopes nas listas do PS.

Sobre o primeiro, Rocha diz que “parece prudente não tecer comentários antes de o próprio confirmar a sua aceitação e, sobretudo, dizer ao que vem”. Mas, quanto a António Lopes, Rocha é mais incisivo. “Foi tão elogiado como modelo de oposição a Mário Alves, que dificilmente esses destacados militantes iriam prescindir de António Lopes como futuro líder do PS na Assembleia Municipal (AM)”, refere aquele deputado municipal do PSD, não se abstendo de concluir que a escolha do ex-deputado da CDU “é o reconhecimento implícito de que o PS se está a preparar para ser oposição e não para governar o concelho”.

“Não pretendo utilizar um euro das funções para que estou proposto”

Quem não perdeu tempo a responder a este primeiro ataque público foi António Lopes, através de um comentário colocado nos fóruns de discussão da edição online do Correio da Beira Serra.

“Bem pode o senhor Carlos Rocha intitular-me de voto de protesto, e decidir da incapacidade do PS para governar o Município. Já ando nisto há uns dias. Há 25 anos que dirijo empresas, com um orçamento três vezes superior ao da Câmara. Há 25 anos que tomo decisões. Desde os 10 anos que ganho o meu sustento, à custa de muito trabalho e nenhuma vileza”, refere Lopes, sublinhando ainda que pagou “muito para ser autarca em Oliveira do Hospital”.

“Não pretendo utilizar um euro, das funções para que estou proposto, como não utilizei, das que exerci, até agora. Espero que os «salvadores deste concelho» que o senhor Carlos Rocha defende, ele incluído, venham a público dizer o mesmo”, desafia o agora candidato do PS à AM.

Lopes diz, ainda, estar nesta missão “pelo muito que quer a esta terra e pelo futuro a que ela tem direito”, argumentando que não deixará de continuar a combater “aqueles que nada respeitam, nem o próprio partido, que os fez gente”.

Num tom polemista, o candidato socialista diz considerar Carlos Rocha como “uma pessoa inteligente”, mas mostra espanto pelas posições que aquele histórico militante do PSD vem defendendo. “Custa-me ler as piruetas que escreve no Folha do Centro, para fazer de um arco um quadrado…neste concelho as pessoas sabem ler. Conhecem a prática política e os estatutos do partido. Pelos vistos, nunca perceberam que a minha indignação adveio do desrespeito pelas mais elementares regras democráticas que, desde Março de 2006, o grupo que defende, deixou de respeitar. Como disse na AM, não é um problema do PSD. É um problema da democracia, do respeito pelos partidos e pela classe política”, sentencia António Lopes num comentário que pode aqui ler na íntegra.

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