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CDS-PP lamenta solução de “remendos” para o IP3, já movimento para a requalificação congratula-se com investimento de 134 milhões

O CDS-PP lamentou esta segunda-feira que o PS e o PSD concordem que a solução para o Itinerário Principal (IP) 3, entre Viseu e Coimbra, passe por “remendar a estrada que já existe”. O CDS-PP “estranha o comportamento pouco ambicioso de PS e PSD que, em concertação, defraudaram as expectativas de quem vive no interior”. Já o Movimento pela Requalificação Completa e Adequada do IP3 (que integra a Comunidade Intermunicipal e associações empresariais e comercial do distrito de Viseu) congratulou-se por esta via ir ser requalificada e, numa primeira fase, ficar com perfil de auto-estrada em 85 por cento do trajecto, sem portagens, num investimento de 134 milhões de euros.

O CDS-PP refere que tem tido, ao longo dos últimos anos, o IP3 como uma das suas “bandeiras”. “Sempre defendemos que, tal como aconteceu com o IP5 – hoje auto-estrada com perfil de quatro vias -, esta estrada deveria deixar de ser um IP (perfil de duas vias, com algumas excepções) para passar a ser uma auto-estrada (perfil de quatro vias) “, recorda.

No seu entender, trata-se de “uma questão de justiça”, por isso, enquanto membro de um governo, o CDS “inscreveu, no PETI 3+ e na resolução do Conselho de Ministros n.º 61-A 2015, como prioritário um investimento no IP3” que considera “muito significativo, estimado na ordem dos 600 milhões de euros”. “O CDS não encontra razões para mudar de opinião e continua a considerar que o IP3 deveria dar lugar à chamada ‘Via dos Duques’ – auto-estrada com perfil de quatro vias”, sublinha. No seu entender, “não faz qualquer sentido” que instituições como as associações empresariais de Viseu, Mangualde e Lafões, a associação comercial de Viseu e a CIM Viseu Dão Lafões, que integram o Movimento pela Requalificação Completa e Adequada do IP3, “venham patrocinar uma solução ao arrepio da petição à qual deram apoio”.

O CDS-PP refere que, nesse documento, era defendido que a solução devia “incluir os elementos indispensáveis à circulação numa via com elevadíssimo tráfego: duas faixas em cada sentido, separador central, piso correcto que drene as águas, iluminação e sinalização adequadas”. “Os mesmos que agora decidem remendar uma estrada às prestações não se coibiram de concordar na reprogramação do Portugal 2020 – promovendo investimentos em soluções de mobilidade nas áreas metropolitanas de Portugal”, realça, exemplificando com as expansões do Metro de Lisboa (266 ME), do Metro do Porto (290 ME) e o Metro Mondego (90 ME). “Nada temos a opor a estes investimentos, exigimos apenas igualdade de tratamento para com quem está no interior”, esclarece.

Hoje de manhã, em Tondela, o presidente da CIM Viseu Dão Lafões explicou que, numa primeira fase, o IP3 terá quatro faixas (2+2) em 85 por cento do seu trajecto, três faixas (2+1) em 12 por cento e duas faixas (1+1) em 3 por cento. “Está um pouco aquém dos nossos desejos, mas pensamos que, com os estudos que vão ser feitos, tudo isso será melhorado”, frisou o também presidente da Câmara de Carregal do Sal (PS).

“Não é a solução ideal, mas é a solução possível no quadro em que vivemos”, disse, por seu turno, o presidente da Câmara de Tondela, José António Jesus (PSD), mostrando-se confiante de que haverá “razoabilidade para que os constrangimentos sejam ultrapassados”.

Lembrando que Portugal não é um país rico, o presidente da Associação Empresarial da Região de Viseu, João Cotta, considerou que se trata de uma solução que “permite, de uma forma sensata, resolver quase todos os problemas que o IP3 tem”. “Esta solução, não sendo a mais qualificada, porque infelizmente não conseguimos ter um corredor duplo em toda a extensão, é certamente a mais adequada ao país e às pessoas”, afirmou o presidente da Câmara de Mangualde e do Conselho Regional do Centro, João Azevedo (PS).

 

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