A Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, à qual pertence o concelho de Oliveira do Hospital, critica um alegado lóbi empresarial que insiste na construção do eixo ferroviário Aveiro/Viseu/Vilar Formoso. O presidente da CIM Coimbra, João Ataíde, lembra que esta opção tem um “custo estimado de cerca de 2 mil milhões de euros, em detrimento da requalificação da linha da Beira Alta, com um custo estimado de 900 milhões de euros”.
João Ataíde considera que a região Centro “dispensa divisões que criem novas tensões, num território já de si sujeito ao forte efeito polarizador das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, em detrimento do reforço do diálogo e da concertação entre as suas diversas sub-regiões e os seus agentes”. “Sustentamos que não há estudos técnicos que confirmem a inviabilidade da requalificação da linha da Beira Alta adaptando-a ao transporte transeuropeu de mercadorias”, referiu.
A deslocação a Norte da ligação ferroviária Figueira/Aveiro – Espanha “penalizaria de forma dramática os territórios agora atravessados pela linha da Beira Alta, o que esta Comunidade não pode aceitar”, sublinhou o autarca que é também presidente da Câmara da Figueira da Foz.
A CIM Coimbra, garante, vai continuar a “exigir ao Governo de Portugal que honre os compromissos assumidos em relação ao Sistema de Mobilidade do Mondego e insistiremos na conclusão do IC6 à luz do enunciado na versão final do Acordo de Parceria recentemente aprovado pela Comissão Europeia”.
Defendem ainda o “aprofundamento da barra e canal de acesso e alargamento da bacia de manobras para recepção de navios de maior dimensão, no Porto da Figueira da Foz e a construção do IP3 – Coimbra/Viseu, obras que surgem no Plano Estratégico de Transportes e Infra-estruturas.