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CMOH deixa de pagar renda das instalações da BLC3, pode abandonar a estrutura e quer ver resultados do investimento que lá realizou

A Câmara Municipal de Oliveira do Hospital já informou o proprietário das actuais instalações da BLC3 que deixará de pagar a renda a partir de 31 de Dezembro. O presidente da autarquia, que respondia a uma pergunta do vereador do PSD João Brito, espera que aquele centro tecnológico proceda à mudança para as novas acomodações em Lagares da Beira até aquela data ou durante o mês de Janeiro. José Carlos Alexandrino frisou ainda que, no seu entender, a BLC3 já tem maturação suficiente para gerar receitas próprias para fazer o seu percurso e que está na altura de começar justificar todo o investimento que o município por lá realizou.

“Quero resultados. Tem de haver retorno para a região. Depois de lhe darmos as bases, a BLC3 tem de começar as gerar as suas próprias receitas e justificar ao concelho o investimento que lá foi feito. Já teve tempo de crescer para poder trilhar o seu caminho”, referiu José Carlos Alexandrino na reunião de Câmara de hoje, ao mesmo tempo que não escondeu que a possibilidade do município abandonar a participação naquela estrutura. Um tema que se poderá colocar nos próximos tempos. Tudo dependerá de uma análise que irá ser feita. “A Câmara Municipal tem dinheiro na BLC3 e temos de ver se a sua dívida afecta ou não as nossas contas. É um caso que veremos proximamente”, disse.

O autarca explicou que a Câmara Municipal, apesar da participação que detém, não se intromete na gestão daquele pólo, sublinhando mesmo que ele próprio nas últimas eleições abandonou o cargo de presidente da Assembleia Geral da instituição. “O município faz um tipo de subsidiação como acontece com outras instituições do concelho. Não influencia a gestão, nem quer influenciar”, esclareceu, garantindo, por exemplo, que apesar de lhe perguntarem repetidas vezes [numa aparente alusão às questões do eleito António Lopes] desconhece 90 por cento das pessoas que lá trabalham.

Esta última afirmação não agradou ao vereador do PSD, para quem o problema dos colaboradores da BLC3 só se colocou a partir do momento em que os lugares começaram a ser preenchidos por pessoas ligadas ao Partido Socialista, aquele que suporta José Carlos Alexandrino na presidência da autarquia. O vice-presidente, Francisco Rolo, negou de imediato. “Não é verdade, não é verdade”, retorquiu, ao que João Brito respondeu que poderia de imediato citar seis ou sete nomes. “Mas não me parece elegante fazer isso”, rematou o único vereador do PSD. José Carlos Alexandrino reforçou a sua tese enumerando as pessoas que conhece na da BLC3: uma directora financeira, António Campos, João Nunes e Ana Freitas. “De resto não sei quem lá trabalha, a Câmara não tem lá nenhum funcionário e quando fala que estão lá colocadas pessoas do PS, também dizem que há por lá gente do PSD. Não quero ir por aí”, rematou.

As remodelações que estão a ser efectuadas nas antigas instalações da ACIBEIRA, em grande parte por apoios comunitários conseguidos pela BLC3 (o espaço será onde ficarão as suas futuras instalações), foram enaltecidas por José Carlos Alexandrino. Segundo o autarca, a Câmara acabou por adquirir os terrenos por 150 mil euros porque considerava “aquele espaço um monstro que envergonhava o concelho” e a BLC3 resolveu um dilema à autarquia que ao adquirir os terrenos “herdou também um enorme problema”.  “Agora temos esperança que nasça ali um grande centro de negócios e tecnológico que seja um pólo de desenvolvimento para o concelho”, rematou.

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