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Cordinha reconheceu mérito a José Carlos Alexandrino

 

… professor e ex presidente da escola que “deu parte da sua vida a este território e muito se esforçou”.

Foi com uma forte carga emocional que, na última sexta-feira, decorreu a cerimónia de entrega do prémio Cordinha levada a cabo pelo Agrupamento de Escolas da Cordinha, em Ervedal da Beira.

Uma emoção que, no imediato, foi partilhada pelo diretor do Agrupamento de Escolas da Cordinha que, por decisão do Conselho Pedagógico daquele estabelecimento de ensino, dava cumprimento ao gesto de reconhecido agradecimento pelo trabalho e contributo dado pelo professor e antigo presidente, José Carlos Alexandrino.

“Este era o ano, era o momento de atribuir o prémio a alguém que deu parte da sua vida a este território e muito se esforçou”, justificou Carlos Carvalheira, que não poupou nos elogios dirigidos ao seu antecessor e que facilmente se multiplicavam em cada frase proferida. “Reconheço todo o esforço de um homem que se dedicou de corpo e alma à educação”, frisou o responsável pelo agrupamento de Escolas da Cordinha, confessando-se orgulhoso por poder dar seguimento ao trabalho iniciado por José Carlos Alexandrino, que levou longe o nome da escola e do território onde está inserido.

Carvalheira falava de um reconhecimento a nível nacional que foi iniciado por Alexandrino, sempre pronto a “desafios”. “Este reconhecimento deve-se a uma pessoa que não desistia e fazia tudo em prol de promover o que a zona tem de melhor, que são as crianças”, reconheceu o diretor, notando que também ele tem sabido manter aquele espírito que Alexandrino instituiu na escola, entre alunos, funcionários e professores. “O importante para mim é este sentimento de transparência e de respeito”, frisou, ao mesmo tempo que se revelou satisfeito pelo caminho seguido por Alexandrino, na presidência da Câmara Municipal, onde “está a desenvolver um ótimo trabalho, no que à educação diz respeito”.

Águas que Carvalheira, fez, no entanto, questão de separar, deitando por terra a ideia defendida por alguns “arautos” de que o agrupamento de Escolas da Cordinha é uma “escola política”. “Coisa mais errada”, avisou o diretor, informando que o objetivo da escola é trabalhar, razão pela qual a Cordinha se situa no “topo nacional”.

Numa cerimónia que se quis “amiga e familiar”, a emoção foi uma constante. Maria João Neves seguiu-se nos elogios ao antigo companheiro de equipa, que reconheceu ser de “qualidade extrema”.

O “acompanhamento personalizado” aos alunos e a forma de ultrapassar os desafios – “ele não recusa desafios, enfrenta-os dialogando”, frisou – foram características que o presidente do conselho geral da escola, António Martins, apreciou no colega, confessando-se satisfeito por Alexandrino manter semelhante postura nas funções que agora desempenha.

Presente na cerimónia, o presidente da Assembleia Municipal partilhou dos elogios proferidos a Alexandrino, notando que também ele lhe reconheceu capacidades de “liderança e relacionamento fácil”. Razões que, como disse António Lopes, o levaram a defender a candidatura de Alexandrino à Câmara Municipal, onde espera que continue por muitos anos. “Foi a parte humana que eu reconheci nele e que me aproximou”, registou António Lopes, que não deixou de reagir ao desabafo de Carvalheira a propósito da “política” na Escola, notando que é da política (educativa) feita numa escola que se fazem os bons cidadãos, ou se abre caminho para via da marginalidade. “Se aqui não houver boa política acertada estaremos mal”, frisou, notando ainda, em tom de brincadeira, que daquela escola partiram quase todos os vereadores que já passaram pela Câmara Municipal.

“Este prémio é vosso, não é meu, porque não o merecia”

Também ele emocionado em face de tamanhos elogios, José Carlos Alexandrino disse estar perante um “exagero” e, logo, fez questão de explicar que só decidiu aceitar o prémio que lhe foi dirigido, pelo facto de a ideia ter partido do conselho pedagógico. Não tardou, porém, em partilhar o prémio de mérito com todos os “jovens, funcionários e encarregados de educação que integram a grande equipa da Cordinha.

“Este prémio é vosso, não é meu porque não o merecia”, afirmou o ex presidente da escola, que num regresso ao passado, disse ser agora incapaz de exigir aos professores o esforço de outros tempos, pelo facto de no momento atual os professores não verem o seu trabalho devidamente compensado. Numa cerimónia onde deu como certo o fim do seu percurso enquanto professor e pediu à direção da Escola a oportunidade para dar uma última aula dirigida à comunidade da Cordinha, José Carlos Alexandrino falou do passado vivido na escola, como tendo sido um “gozo tremendo”. Para tal, disse ter sido fiel ao princípio que nunca o deixa ficar mal: “não faças aos outros, o que não queres que te façam a ti”. “Se seguirmos este princípio, nunca teremos problemas”, sublinhou.

No dia em que a Cordinha reconheceu o mérito a Alexandrino, também o professor Francisco Cruz foi objeto de reconhecimento, pelo percurso que trilhou naquele agrupamento, em particular, no domínio dos cursos de Educação e Formação e pelo contributo recente no projeto “Ciência na Escola”, através da Fundação Ilídio Pinho.

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