O desemprego insiste em não dar tréguas em Oliveira do Hospital. Num início de ano que fica marcado pelo encerramento de mais uma unidade industrial em Oliveira do Hospital – a Imporfabril, antiga Iral encerrou na última semana de 2010 e lançou duas dezenas de trabalhadores no desemprego – o olhar pelas últimas estatísticas disponibilizadas pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional não são nada animadoras.
Ainda que seja de registar a descida de cerca de dois por cento verificada em novembro deste ano ( 870) em comparação com números do desemprego que marcaram o mesmo mês de 2010 (887), a análise aos números não augura grandes mudanças no que reporta à realidade concelhia.
As estatísticas que insistem em não arredar pé da casa das oito centenas aproximando-se cada vez mais dos 900 desempregados no concelho, continuam a dar conta de um concelho que não consegue fazer face à crise que afetou inicialmente o setor das confeções e que mais recentemente se tem infiltrado em todos os setores de um modo geral, com especial incidência na área da construção civil, vitimando cada vez mais a população masculina e que até há alguns anos conseguia manter-se à margem da dureza dos números.
Isto mesmo é constatável nos números do IEFP, segundo os quais, no passado mês de novembro se encontravam inscritos 870 oliveirenses, dos quais 386 do sexo masculino e 484 do feminino.
Uma realidade que regista um agravamento quando comparado com outubro, mês em que o número de desemprego era de 829. Em setembro o flagelo afetava 841 oliveirenses.
Fora destes números estão ainda os 20 trabalhadores da insolvente Imporfabril (antiga Iral) e todos os oliveireneses que, ainda que em situação de desemprego, se encontrem a frequentar cursos de formação.
Num olhar por outros concelhos da região, é possível ainda constatar que Oliveira do Hospital se situa entre aqueles que enfrentam as mais elevadas taxas de desemprego.
Seia lidera o topo do referido grupo com 1462 desempregados, seguido por Oliveira do Hospital com 870. Gouveia e Nelas surgem logo a seguir com 796 e 641 desempregados. Em Tábua – registou subida de 19 por cento em comparação com novembro de 2010 (498) – a taxa situa-se nos 612 e em Arganil nos 522 desempregados.