Home - Opinião - E somos nós o “Pai Natal” de banqueiros e outros vigaristas… Autor: João Dinis

E somos nós o “Pai Natal” de banqueiros e outros vigaristas… Autor: João Dinis

Vamos lá a marcar o ritmo:

–BPP – BPN – BES  — BANIF – (MONTE PIO) … ETC

Estas siglas também nos fazem lembrar vigarices e vigaristas dos maiores que acontecem entre nós. E que tiveram, têm e vão continuar a ter cúmplices e/ou “executivos” enquanto ocupantes das cadeiras do poder. Cúmplices e/ou “executivos” que foram e são Primeiros-Ministros, Presidentes da República, Ministros, (des)Governadores do Banco de Portugal, muitos dos Deputados de PS, PSD e CDS/PP, órgãos da comunicação social, etc, etc.

Mas aquilo que muito dói é que somos nós, Portuguesas e Portugueses, que sofremos as pesadas consequências de tanto crime de “colarinho branco” até agora compensador e impune! Sim, somos nós que pagamos os muitos milhares de milhões dos custos das vigarices que contra nós, contra o nosso País, uns e outros vêm cometendo, ano após ano, crime após crime.

Sim, é preciso dizê-lo:- andam a comer-nos corpo e alma mas que não pretendam comer-nos por parvos ou por cobardes! E ainda menos que, alguma vez, nos tomem por descarados traidores como, afinal, toda essa escumalha de facto é!

Pessoalmente, declaro-o sem hesitações, são dos meus maiores inimigos de classe!

“Eles” também gostam de fazer a triste figura de serem “os últimos saber”…

Como é possível que após – BPP – BPN – BES – aconteça (para já) o BANIF?

Sim, como é isso possível? Mas o facto é que aconteceu e lá vão “arder” mais uns 3 mil milhões de euros do nosso dinheirinho público! Até quando vai isto continuar?

Pois que andaram a fazer todos “esses”, do (ainda) Presidente da República, aos Primeiros-Ministros, aos (des)Governadores do Banco de Portugal, etc?

Entretanto, uns e outros aparecem na grande comunicação social dentro de um ar sério, embora de aluguer para a ocasião, muito lamentosos, quiçá aparentando estranheza ou compaixão por nós, todos a lamentarem o sucedido e a repetirem que “não há alternativa senão pagarmos pois de outra forma será ainda pior”… Enfim, lá vêm “eles” outra vez com as aldrabices do costume…

Mas então, se qualquer um de nós, dos “pagantes” das grandes vigarices da escumalha, se um qualquer nós pode ir para a falência, e sem dó nem piedade, por que “divina” razão um Banco não pode ir para a falência? E que “risco” correm os grandes banqueiros vigaristas e outros usufrutuários se, quando a “coisa” lhes corre mal, vem o “Estado” cobrir-lhes a carteira e as vigarices? Acresce que essa gentalha é a fina-flor dos alegados “competitivos” do sistema. Porém, a vida e a tragédia financeira demonstram que, para eles, afinal, “quanto mais Estado – quanto mais dinheiro público – tanto melhor “… Sim, são estes “vígaros” dos maiores patrões do sistema dominante!

Bem, é o que desta vez já resultou para o SANTANDER que tem andado às voltas com sérios problemas internos e que veio “comprar” o BANIF “bom” por uma pechincha de, apenas, 150 milhões de euros…enquanto nós vamos pagar, repete-se, uma bolada de 3 000 milhões de euros (para já).

Quanto aos (ir)responsáveis internos pelo BANIF ( um deles foi ministro do Sócrates…) e quanto aos (ir)responsáveis políticos e institucionais por mais este crime financeiro e económico, pois todos “eles” gostam de fazer a triste figura de serem “os últimos a saber”… em analogia com aquele jocoso dito popular…

Ai, ai ! Cá por mim, mandava-os a todos…pois para onde? Olhem, para a China que “eles” também gostam muito da China…

 

janoentrev1Autor: João Dinis, Jano

LEIA TAMBÉM

Aberrações. Autor: Fernando Roldão

A primeira característica de uma aberração é o facto de ser uma alteração a uma …

11 de Março de 1975, mais um dia atribulado para a História da Democracia em Portugal.

Sim a 11 de Março de 1975, faz 49 anos, ocorreram em Portugal acontecimentos “complicados” …