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Onde está a caleira? Autor: João Paulo Albuquerque

O Edil pensa e o povo paga. Autor: João Paulo Albuquerque

“A nossa ideia é recuperarmos os quatrocentos mil euros nesta fase, tentando que o aumento vá num intervalo entre um vírgula nove euros e cinco virgula seis euros, o aumento mínimo e o aumento médio, que mesmo assim é significativo mas esta Câmara nunca fez atualização ao preço do índice do consumidor.” Disse José Carlos Alexandrino na Assembleia Municipal de 28/12/2013.

“Estive a tentar verificar a legalidade deste regulamento como é da obrigação da Mesa e devo dizer que me parecem muito exaustivos e muito bem elaborados eu diria que, salvo outras opiniões, do ponto de vista jurídico não há ponta por onde se lhe pegue no sentido de que estão muito benfeitos e não me merecem críticas, pelo menos a mim.” Afirmou António José Rodrigues Gonçalves na Assembleia Municipal de 28/12/2013.

Hoje, ao passar os olhos pela imprensa concelhia deparei sem admiração com a notícia, que o Sr. Presidente da Câmara pensa, espera e admite baixar as taxas e tarifas da água e saneamento. Será que só agora deu conta que os aumentos que praticou são incomensuráveis, desmedidos e inaceitáveis? Ou este pensamento, esta aceitação, mais não é do que uma fuga às questões que lhe têm sido levantadas neste capítulo?

Efectivamente, não se compreende o que andou a fazer a equipa multidisciplinar, esses 19 contratados ao estilo POC que vêem agora o seu contrato findar no final do ano, sem que tenham detetado as famosas fugas na rede, sem que tenham resolvido o problema das águas pluviais, sem grandes alterações nos ramais e contadores, mas que por obra e graça conseguiram juntamente com a edilidade alterações no modelo taxativo que dá para encaixar mais de 2 milhões por ano e resolver o grande problema que é o da tesouraria. Tudo bem, problema resolvido, o único ferimento foi o slogan “Tudo pelas pessoas”, mas sem problemas, pois estas PESSOAS esquecem-se, e quando forem novamente necessárias, abraçam-se, beijam-se e convidam-se para as festas, não vão de certeza faltar os “porcos no espeto” e as “sardinhadas”, tudo bem regado com o nosso vinho Dão branco, tinto e até rosé se necessário, pois a factura da água se encarregará de dar para pagar e sobrar.

Não se devem preocupar com o desemprego estas dezanove almas, pois a pretensa adesão ao Sistema Multimunicipal de Lisboa e Vale do Tejo, tem que ser devidamente pensada, e as novas tabelas decorrentes dos novos preços de compra, das novas taxas e tarifas têm que ser preparadas, o que lhes dará trabalho pelo menos para mais um contrato anual e vários louvores proferidos pelo Sr. Presidente e seus acompanhantes políticos.

Independentemente do que o Sr. Presidente pensa fazer, pois vi-o pensar durante meses sobre os acordos a fazer com arrendatário do “Café Central” para acabar por fazer aquilo que a oposição lhe tinha dito um ano e meio antes e com prejuízos elevadíssimos para as PESSOAS. Vi-o pensar no problema da natalidade onde acabou por receber louvores, mas que os deve à oposição que tanto criticou. Vi-o pensar no desemprego, mas é o governo que lá vai resolvendo o problema. Vi-o pensar nas zonas e polos industriais, e é o que se vê, pavilhões às moscas ou a servirem de arrumos. Vi-o pensar na BLC3, que agora é para ir para Lagares juntamente com uma quantidade de novos funcionários, esperemos que lá vá incubando bem e legalmente. Enfim, fico preocupadíssimo quando o vejo pensar, é que saem caríssimo às PESSOAS estes idílicos pensamentos edilicos.

Para terminar, o que realmente gostaria de saber nesta questão do preço praticado para as águas, lixo e saneamentos é como chegaram a tais valores, porquê e o que pretendem fazer com o dinheiro que encaixam?

Onde está a caleira? Autor: João Paulo AlbuquerqueAutor: João Paulo Albuquerque

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