Se por algum acaso do destino a ESTGOH encerrasse portas, Oliveira do Hospital sofreria uma perda irreparável. Mas se assim é por que é que andamos há cerca de 10 anos a encanar a perna à rã com as novas instalações da ESTGOH? Lembro-me que, logo após a sua criação, começou de imediato a discussão bacoca da localização. Na altura – estávamos na aurora do novo século –, uns falavam em S. Paio de Gramaços, outros na Misericórdia de Galizes. Os oliveirenses não abdicavam, contudo, de deixar a ESTGOH sair da cidade. Enquanto nós perdemos este tempo todo a discutir o sexo dos anjos, no concelho de Seia – sublinhe-se que a Escola Superior de Turismo e Telecomunicações (ESTT) foi criada no mesmo dia que a ESTGOH –, a câmara local disponibilizou o terreno, fez a pressão política e, quando ainda António Guterres era primeiro-ministro, a ESTT começou a ser construída de raiz num moderno edifício, localizado em Arrifana, na periferia de Seia.
Hoje, quando mais do que nunca já todos percebemos que um dos grandes desígnios de Oliveira do Hospital é lutar pela consolidação da ESTGOH, toda a gente fala mas não os vejo a fazer nada. Nesta fase do campeonato, é urgente que a câmara municipal diga publicamente o que pensa sobre o assunto bem como o próprio Instituto Politécnico de Coimbra.
Se pretendem criar um campus universitário no devoluto centro de negócios da Acibeira, assumam-no sem rodeios. Não sacudam é sistematicamente a responsabilidade para os governos, sem que antes exista uma localização e um projecto definidos.
Henrique Barreto