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Faltam 300 enfermeiros nas instituições de saúde da Região Centro

A Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros está preocupada com a falta de profissionais na maioria das instituições da região Centro, que nalguns casos chega a ser de 50 por cento.

“Nas 27 visitas de Acompanhamento do Exercício Profissional realizadas, que englobaram 58 serviços, a Secção Regional do Centro (SRC) da Ordem dos Enfermeiros inventariou uma carência superior a três centenas de enfermeiros”, informa em comunicado enviado ao correiodabeiraserra.com a presidente do Conselho diretivo daquela estrutura, alertando para o facto de “em algumas situações em concreto” os cuidados poderem “estar mesmo em risco”. “Existem riscos de que não se consiga assegurar a qualidade e segurança”, afirma Isabel Oliveira.

Dependendo dos casos, os respetivos relatórios das visitas, foram remetidos para as entidades competentes no sentido de intervirem, nomeadamente a Administração Regional de Saúde ou a Inspeção Geral das Atividades em Saúde.

As carências mais acentuadas foram registadas em serviços de grandes dimensões, como os de cirurgia ou de urgência, alguns com equipas bastante alargadas que podem ascender a uma centena de enfermeiros.

“Chegam a ter necessidades da ordem dos 50 por cento, ou seja, precisariam de mais metade dos enfermeiros de que dispõem naquele momento”, explica Isabel Oliveira.
As necessidades de enfermeiros – acrescenta -, em certos casos estão identificadas pelas direções das instituições, que se “vêem a braços com graves dificuldades em termos de contratação”, por se encontrarem “financeiramente estranguladas”, e por estarem dependentes de várias tutelas, das Administrações Regionais de Saúde e dos Ministérios das Finanças e Saúde.

“Os cuidados de saúde à população não se deviam compadecer com este tipo de burocracia. Constitucionalmente a população tem direito a cuidados de saúde de qualidade e em segurança e neste momento isso não está a acontecer”, acentua a presidente do Conselho Diretivo Regional da SRC da OE.

Realça que os enfermeiros dessas unidades estão a acumular horas, e em algumas situações muitas horas, para além do seu horário normal de trabalho para conseguirem manter os serviços a funcionar.

“Nestes locais em que as necessidades são tão grandes preocupa-nos, não só o facto de as dotações estarem abaixo daquilo que é considerado seguro, abaixo do normal, mas também o cansaço extremo a que estas equipas estão a chegar, porque mais cedo ou mais tarde terá reflexos naquilo que são os cuidados que prestam”, considera.

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