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No final de Janeiro, o secretário de Estado anunciou a criação de um grupo de trabalho para actualizar os dados relativos à espécie, a sua localização, o número de alcateias e de presas naturais. O mais recente Censo Nacional do Lobo, de 2005, contabilizou cerca de 300 indivíduos em território nacional distribuídos por 65 alcateias. Segundo Miguel de Castro Neto, o grupo de trabalho irá preparar um plano de acção para conciliar a protecção da espécie e a das explorações agrícolas, podendo propor alterações à lei. A associação ambientalista Quercus reagiu recentemente a estas declarações, que considerou "infelizes e despropositadas", por não assentarem em "qualquer estudo ou estratégia definida a longo prazo" para a conservação do lobo ibérico. "Estudos científicos demonstram que o abate de alguns lobos numa população não leva necessariamente a uma redução da intensidade de ataques ao gado. Pelo contrário, a aplicação de correctas medidas destinadas à protecção e vigilância do gado são a melhor solução para reduzir eficazmente os ataques de lobo", considera a associação num comunicado enviado às redacções. A possibilidade de abrir a espécie à caça está em sintonia com as intenções do Governo espanhol, que em Setembro passado pediu à Comissão Europeia uma alteração à Directiva Habitat no sentido de permitir a caça legal, na zona a sul do rio Douro, de 10% da população destes animais existente na Península Ibérica.

Governo admite autorizar caça ao lobo ibérico

O secretário de Estado da Conservação da Natureza disse hoje que, se a população de lobo ibérico crescer até determinado número, terão de ser tomadas novas medidas, admitindo que uma delas pode ser a caça. Nos últimos meses, recorde-se, têm sido relatados vários casos de proprietários de gado com prejuízos devido à actividade dos lobos, no centro e norte do país.

“Se se confirmar que a população de lobo aumentou [atingindo determinados níveis], outras medidas terão de ser tomadas e uma delas é a actividade cinegética”, disse Miguel de Castro Neto.

O secretário de Estado do Ordenamento do Território e Conservação da Natureza explicou ainda que esta é uma das espécies protegidas e a única em que a lei prevê o pagamento de indemnizações para compensar os danos causados pelos seus ataques. Para receberem a indemnização, explicou o secretário de Estado, os criadores de gado têm de cumprir algumas regras, como uma “gestão activa” do gado, utilizar cães de guarda e instalar cercas de protecção, estando, de resto, previstos no Plano de Desenvolvimento Rural apoios para a manutenção dos cães e a construção das cercas. Miguel de Castro Guerra sublinhou ainda que, em resultado do esforço do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), o prazo de pagamento das indemnizações foi reduzido para menos de seis meses. A indemnização é paga segundo um valor fixado pelo Ministério da Agricultura ” em função dos valores de mercado” na região.

No final de Janeiro, o secretário de Estado anunciou a criação de um grupo de trabalho para actualizar os dados relativos à espécie, a sua localização, o número de alcateias e de presas naturais e o mais recente Censo Nacional do Lobo, de 2005, contabilizou cerca de 300 indivíduos em território nacional distribuídos por 65 alcateias. Segundo Miguel de Castro Neto, o grupo de trabalho irá preparar um plano de acção para conciliar a protecção da espécie e a das explorações agrícolas, podendo propor alterações à lei.

A associação ambientalista Quercus reagiu recentemente a estas declarações, que considerou “infelizes e despropositadas”, por não assentarem em “qualquer estudo ou estratégia definida a longo prazo” para a conservação do lobo ibérico. “Estudos científicos demonstram que o abate de alguns lobos numa população não leva necessariamente a uma redução da intensidade de ataques ao gado. Pelo contrário, a aplicação de correctas medidas destinadas à protecção e vigilância do gado são a melhor solução para reduzir eficazmente os ataques de lobo”, considera a associação num comunicado enviado às redacções.

A possibilidade de abrir a espécie à caça está em sintonia com as intenções do Governo espanhol, que em Setembro passado pediu à Comissão Europeia uma alteração à Directiva Habitat no sentido de permitir a caça legal, na zona a sul do rio Douro, de 10% da população destes animais existente na Península Ibérica.

Fonte: público.pt

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