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Hoje descobri que as árvores são invejosas… Autor: António Ferro

Hoje, ao terminar o meu “jogging” matinal e ao abraçar a árvore consuetudinária, no meu depreender, a mais arcaica do jardim (pelo menos pela área do tronco), atitude que empreendo todas as manhãs, reparei no movimento (algo brusco) das árvores circundantes.

Atendendo que o vento estava adormecido e que não estugava nenhuma brisa por perto, estranhei a afobação dos ramos das árvores vizinhas… Fiz a experiência! Soltei-me do tronco da árvore e os ramos amainaram, voltei a abraçar a árvores e os ramos retornaram a manifestar-se. Que estranho (?)… Obviamente que não ia abraçar todas as árvores do jardim, não porque me apoquentassem os olhares dos prédios visíveis, ou as opiniões de quem lá vive, mas simplesmente, porque não me aprazeu.

Ao enlaçarmos uma árvore, sentimos a energia do solo terrestre, das raízes que se aprofundam na Natureza profunda. A mesma Natureza que há uma semana atrás, nos mostrou o cartão vermelho, porque as reservas guardadas até Janeiro de 2018, tinham já sido lucradas. E agora? Temos que subsistir do cartão de crédito da Terra! Anelemos que o cartão não se esgote até Janeiro…

O que TODOS podemos fazer? Não apenas por nós, mas sobretudo, pelos nossos filhos e netos!

O Japão e os Açores, são as zonas terrestres, onde existe maior limpeza e preocupação com o meio ambiente. Não encontramos um papel, uma lata ou um saco de plástico, nem nas cidades, nem no campo (Natureza). Não é porque tenham um sistema de limpeza extremo (o Japão até tem…), mas fundamentalmente, porque as pessoas têm o cuidado de não conspurcar o meio ambiente.

É difícil não contaminarmos os espaços onde vivemos?

Nas habitações onde moramos, lançamos papéis, latas, sacos para o chão?

Então porque o fazemos nas ruas e nos campos?

Uma família de quatro pessoas, dilapida em média, 150.000 litros de água por ano!

É muito? É pouco? Todos os dias, tomamos banho (duche), sabem quanta água se exaure até estar a temperatura aprazível? Dá quase, para lotar um balde de cinco litros…

Se colocarmos o balde no duche e se o enchermos, até à temperatura pretendida, podemos utilizar essa água com múltipla funcionalidade (regar plantas, lavar o chão, etc…). Ora aí está, uma simples forma, de não esbanjarmos tanta água. Cinco litros dão ao final do mês – cento e cinquenta litros, vezes doze meses dá um resultado de mil e oitocentos litros. Se voltarmos à família de quatro pessoas, o resultado final é de sete mil e duzentos litros. A descarga de um autoclismo está muito perto do resultado do nosso balde de água.

Se escolhemos um autoclismo com duas descargas, poupamos! Caso contrário, basta colocar dentro do autoclismo, uma garrafa cheia de 500 ml e poupamos cerca de metade do que normalmente desbaratamos. Quantas descargas, uma família de quatro pessoas, faz por dia?

Deixemos a água, senão ainda nos afogamos…

O pai vai para o trabalho no seu automóvel, a mãe no outro, e o(a) filho(a) no terceiro automóvel.

Vão triplicar o gasto de gasolina, portagens e estacionamento, triplicando também, os gases expelidos para a atmosfera… Já ouviram falar num transporte não poluidor, como o metro?

No Porto é óptimo, porque na maior parte da paragens, existe um parque de estacionamento!

E, a maior parte dos trajectos, são feitos à superfície.

Imagine que vive na Póvoa de Varzim e que trabalha no Porto. Se fôr de carro, tem despesas de gasolina, de portagens, de estacionamento e de desgaste do automóvel. Se fôr de metro, vai confortavelmente sentado, pode ler um bom livro e chegar em quarenta minutos sem stress…

Além de poupar a sua carteira (com o passe mensal), contribui para uma menor libertação de gases para a atmosfera…

E se não fôr por nós – que seja pelos nossos filhos e netos…

Já imaginaram eu descrever ao meu neto, que todos os dias costumava abraçar uma árvore e o meu neto perguntar:

– Avô! O que é uma árvore?

Autor: António Ferro

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