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Inauguração do Centro Educativo de Nogueira do Cravo adiada para 2012

 

Afinal, ainda não é em 2011 que o primeiro centro educativo do concelho, que está a ser construído em Nogueira do Cravo, vai servir as crianças que frequentam o pré-escolar e o 1º Ciclo de Ensino Básico.

O atraso no arranque dos trabalhos de remodelação e ampliação da atual EB1 de Nogueira do Cravo – decorrente do processo resultante da contestação ao resultado do concurso, apresentada em Tribunal, pela empresa que ficou em segundo lugar no concurso público – está agora a inviabilizar a inauguração da nova resposta educativa, a tempo do arranque do ano letivo 2011/ 2012, agendado para o próximo mês de Setembro.

“As obras não irão estar concluídas”, confirmou a vereadora da Educação ao correiodabeiraserra.com, que tomando por base o tempo de execução de 300 dias, prevê que o espaço só fique pronto no decorrer de 2012 e que o mesmo venha a ser inaugurado aquando do arranque do ano letivo 2012/2013.

“Achamos que é o mais correto para não estarmos a inaugurar à pressa”, continuou Graça Silva que não concorda com mudanças no decorrer das atividades curriculares.

Com um custo associado de 1. 250.000,00 Euros, financiando em cerca de um milhão de Euros pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional, o futuro Centro Educativo de Nogueira do Cravo vai ter capacidade para 120 alunos do pré-escolar e 1º CEB.

Para além de acolher os alunos da sede da freguesia, o Centro Educativo vai absorver os alunos de Galizes e Senhor das Almas, assim como os da vizinha freguesia de Santa Ovaia, implicando por isso o encerramento de três escolas do 1º CEB.

Até lá, os alunos do pré-escolar  e 1º CEB da EB1 de Nogueira do Cravo desenvolvem as suas atividades letivas no espaço da Junta de Freguesia e Casa do Povo, respetivamente.

Frequentada no último ano letivo por cerca de 40 alunos, a antiga EB1 de Nogueira do Cravo está, por esta altura, a sofrer trabalhos de adaptação que a vão tornar naquele que é o primeiro Centro Educativo do concelho.

Dotado de biblioteca, cantina, espaço polivalente, sala de TIC, salas direcionadas para as atividades de enriquecimento curricular, e outros espaços, o futuro equipamento que continua a beneficiar da proximidade com o requalificado pavilhão da Liga de Melhoramentos de Nogueira do Cravo é entendido pela vereadora da Cultura como espaço único no concelho.

“Trata-se de um equipamento que não existe, nem nunca foi construído no concelho”, observou Graça Silva que, apesar de reconhecer a qualidade de algumas sedes de agrupamentos de escolas, em particular o da Cordinha, verifica que não se tratam de equipamentos que sirvam todos os alunos que abrangem.

Graça Silva lembra que espaços como o que está a ser construído em Nogueira do Cravo já são uma realidade em vários concelhos vizinhos, como Seia, Tábua e Arganil, com a particularidade de, em alguns municípios, existir mais do que um centro educativo.

Neste domínio, a vereadora sublinhou a capacidade que o executivo que integra teve para recorrer a fundos comunitários “anteriormente não aproveitados”. Na opinião da responsável pela educação concelhia, o anterior executivo não fez a melhor utilização dos fundos que conseguiu através do POPH, já que na requalificação que realizou na EB1 da cidade “não conseguiu preparar o espaço exterior para todas as atividades.

Para além disso, a vereadora aponta ainda o dedo ao facto de, apesar da beneficiação, a EB1 da cidade continuar com falta de espaço interior, obrigando duas turmas do 4º ano a frequentar a sede de agrupamento.

Segundo adiantou a responsável a este diário digital, a construção de um moderno centro educativo na cidade constituiu um dos desígnios que o executivo de José Carlos Alexandrino gostaria de ver cumprido no decorrer do seu mandato.

Contudo, e de pés assentes no chão, Graça Silva garante que se trata de um objetivo com o qual o executivo não se pode comprometer. “Face à conjuntura não o podemos assumir”, afirmou.

Gavinhos e Seixas perdem escolas do primeiro ciclo

Quando se prepara para acolher um moderno centro educativo, o concelho de Oliveira do Hospital continua a assistir ao encerramento das vulgarmente designadas “escolas primárias”.

Em 2010 aconteceu em Avô e Casal de Abade e, este ano, o cenário repete-se em Gavinhos e Seixas da Beira. No arranque do próximo ano letivo, aqueles espaços vão-se manter com as portas fechadas, devendo os alunos ser encaminhados para as respectivas sedes de agrupamento.

O reduzido número de alunos que, atualmente, frequenta aquelas duas escolas está na base da decisão de encerramento.

Em causa estão duas EB1 que já deveriam ter fechado portas no arranque do corrente ano letivo anterior, mas a medida foi protelada pelo facto de alguns alunos terminarem, este ano, o primeiro ciclo de ensino básico.

Apesar de, recentemente, o ministro da Educação ter anunciado o encerramento de 266 escolas por todo o país, Graça Silva disse a este diário digital não ter recebido qualquer diretiva, no sentido de um maior encerramento de espaços escolares no concelho.

Ainda que esteja em causa uma lei que obriga ao fecho de escolas com menos de 21 alunos, a vereadora lembra que a aplicação da mesma não pode ser feita de forma linear em Oliveira do Hospital.

“O concelho não tem centros escolares com capacidade para acolher alunos provenientes das EB1 que fecham”, explicou Graça Silva, dando o exemplo da EB1 da cidade que “não tem condições para acolher os alunos de São Paio de Gramaços”.

A vereadora espera que o novo governo “tenha consciência das problemáticas do interior”, porque – segundo adiantou – “a maioria das escolas do concelho tem menos de 21 alunos”.

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