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Independentes demarcam-se do executivo municipal no caso da ETAR de Alvôco de Várzeas

 

“Aqui não tem o nosso apoio”, afirmou, terça-feira, o vereador do movimento independente “Oliveira do Hospital Sempre”, no momento em que, no período antes da ordem do dia da reunião do executivo municipal, se opôs ao modo como o presidente da Câmara tem vindo a conduzir o processo relativo à ETAR de Alvôco de Várzeas.

Para Mendes, o autarca deveria levar por diante a sua discórdia relativamente ao local de construção e, mandar realizar um estudo junto de uma entidade independente.

Sem deixar de apreciar a atitude assumida por Alexandrino no verão passado de suspensão dos trabalhos, o vereador independente disse não concordar com a solução intermédia que foi alcança porque “não resolve problemas paisagísticos”. “Todos têm noção de que ali se está a cometer um crime ambiental”, observou, rejeitando as críticas de que o movimento “Salvem Alvôco” se move com fins políticos.

“O movimento tem no seu âmbito, pessoas do PS e abarca vários quadrantes políticos”, referiu.

“Quatro pessoas, ainda que mais inteligentes, não podem decidir pelas outras”

Sem estranhar a posição de Mendes, José Carlos Alexandrino não deixou de elogiar a postura de Mário Alves no decorrer de todo o processo. “Tem sido coerente, porque desde o início disse que não deveria ter parado com a obra”, referiu o presidente da Câmara, considerando que a posição agora assumida pelo vereador independente “peca por tardia”.

Afirmando repetidamente que o assunto da ETAR de Alvôco ficaria encerrado naquela reunião camarária, Alexandrino voltou a criticar a falta de abertura ao diálogo por parte dos elementos que integram o movimento. “Para mim, diálogo é chegar a posições de convergência”, observou, notando que o maior prejuízo para a freguesia é “estar, até agora, com fossas abertas”.

Defensor do Turismo e não do “terrorismo político”, o presidente da Câmara Municipal voltou a denunciar o “fundamentalismo” adjacente ao movimento.

O vice-presidente do município desapreciou, da mesma forma, a postura de Mendes por entender que “configura uma desautorização dos órgãos autárquicos”.

“Pôr o exclusivo da responsabilidade no movimento, acho muito pouco”, continuou, considerando que “seria um atentado permitir que qualquer movimento passasse a condicionar a posição dos órgãos eleitos e empresas capazes para a realização deste tipo de obras”.

Colocando um ponto final no caso, José Carlos Alexandrino assegurou que “o assunto já está decidido”. “Quatro pessoas, ainda que mais inteligentes, não podem decidir pelas outras”, concluiu o presidente, referindo que “são as questões da democracia”.

O vereador do PSD, Mário Alves, não deixou também de criticar o movimento pelo excesso de preocupação com Alvôco e tão pouco com vários outros casos que proliferam pelas aldeias. “Ali ultrapassou-se a razoabilidade e entrou-se na demagogia”, frisou.

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