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José Carlos Alexandrino

José Carlos Alexandrino diz não querer protagonismo com refugiados e garante ter recusado vários programas de televisão

O eleito do PSD Nuno Vilafanha considerou, na última Assembleia Municipal de Oliveira do Hospital, que o presidente da autarquia ultrapassou os limites da razoabilidade “ao insinuar e chamar xenófobos, racistas, nazistas, hitlerianos e de associar à extrema-direita” os sociais-democratas devido ao comunicado em que criticavam a opção de José Carlos Alexandrino de acolher no concelho dez famílias de refugiados do Norte de África. O autarca reconheceu que se excedeu na linguagem, mas reafirmou que a concelhia liderada por Nuno Vilafanha estava a ver mal o problema. Disse mesmo que nunca pretendeu retirar dividendos mediáticos do caso e que se recusou mesmo a participar “em telejornais e vários programas televisivos” sobre o assunto.

“Fizeram uma leitura completamente errada. Neguei-me a ir a alguns programas de televisão para que não pusessem isto na mediatização. Isso não era importante”, começou por responder o presidente da autarquia, adiantando que recebeu uma resposta à carta enviada ao Primeiro-ministro, na qual este lhe dá conta que a proposta foi encaminhada para os negócios estrangeiros. “ Recebi também de várias associações de emigrantes grandes cartas de solidariedade”, sublinhou, alertando para o facto de com os emigrantes vir também uma comparticipação financeira de 50 milhões de euros. José Carlos Alexandrino frisou ainda que Oliveira do Hospital não tem problemas com desemprego em termos de trabalhadores indiferenciados. “O nosso problema do desemprego é nos licenciados”, rematou.

Nuno Vilafanha explicou que com o comunicado, o PSD de Oliveira do Hospital pretendia sobretudo chamar a atenção para a necessidade de discutir o assunto nos lugares próprios e defender os interesses dos oliveirenses. “Todos nós nos sentimos tocados pelas imagens que assistimos na televisão e pelo que ouvimos, mas isso não significa que tenhamos de agir de forma precipitada e imprudente. Este tema, pela sua gravidade, exige um debate sério em que se analisem os prós e os contra desta situação a curto e a longo prazo e acima de tudo implica saber se temos condições económicas, sociais e de emprego para os receber”, explicou o líder da concelhia do PSD, para quem mais importante que receber os refugiados é criar condições para que os naturais do concelho que foram obrigados a abandonar o país tenham condições para regressar. “Era essa disponibilidade que os oliveirenses gostariam de ter visto em primeiro lugar por parte do senhor presidente da câmara”, atirou Nuno Vilafanha, lembrando que houve muitos que emigraram “e agora não podem voltar à sua terra pois estão numa situação de emprego precário ou mesmo desempregados”.

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