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Junta de Freguesia obrigada a desactivar fonte ornamental

… ao fontanário de Nossa Senhora dos Milagres, localizada em frente ao Pavilhão Serafim Marques.

Construída no último ano do mandato do anterior executivo liderado por João Paulo Veloso, com o objectivo de revitalizar um espaço morto até então usado como estacionamento, a fonte ornamental traduz-se hoje numa despesa entendida como incomportável pela actual Junta de Freguesia.

Confrontada pelo Correio da Beira Serra sobre o motivo pelo qual aquela infra-estrutura se encontra na maioria das vezes desactivada, a presidente da autarquia Cristina Sousa explicou que o funcionamento da fonte se revela muito dispendioso em matéria de electricidade. “Não temos quaisquer custos com a água, porque é captada do fontanário de Nossa Senhora dos Milagres e não existe nenhum desperdício de água, mas temos custos elevados com a electricidade”, referiu a autarca, sublinhando que já informou e solicitou ajuda à Câmara Municipal para resolver o problema.

A situação continua sem solução porque – segundo a autarca – o presidente do município Mário Alves apenas sugeriu que se estudasse a possibilidade de substituir o equipamento que está a ser usado, por um outro que represente menos custos na factura mensal de electricidade. Uma solução que Cristina Sousa diz não ter exequibilidade, já que os técnicos asseguram que o sistema só funciona com o equipamento que está instalado.

Sem resolução à vista, a Junta de Freguesia de S. Paio de Gramaços opta por manter a fonte desactivada durante a semana, activando o sistema só aos fins-de-semana ou em dias especiais para a freguesia. É que o funcionamento permanente dos canhões de água obrigaria o executivo a canalizar as verbas para liquidar as facturas de electricidade, deixando de fora outras situações consideradas prioritárias para a freguesia, como explicou a presidente.

Autarquia pagou cerca de 5 mil euros de acertos

Foi após o primeiro ano e meio de mandato que o executivo de Cristina Sousa foi confrontado com uma despesa de electricidade considerada muito elevada e derivada da realização de acertos de contas por parte da EDP.

“Só costumávamos pagar mínimos e só nos apercebemos da despesa que a fonte dava quando foram feitos os acertos”, referiu, esclarecendo que não é seu objectivo criticar a decisão do anterior executivo mandar edificar aquele espaço de embelezamento. Notou, contudo, que se na altura fosse a própria, a presidente da Junta não optaria por uma solução que representasse tantos custos para o executivo. “Acho que o espaço deveria ter sido intervencionado, não sei é se terá sido a melhor opção”, referiu, garantindo que o pagamento da factura dos acertos de electricidade – cerca de cinco mil euros, como o CBS apurou – obrigou a que outras coisas da freguesia ficassem por fazer. Cristina Sousa explicou ainda que a Junta ainda tentou manter a fonte a funcionar no período diurno, mas tal significava um custo diário de 15 Euros que não era possível de comportar.

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