Num jantar realizado num restaurante localizado na freguesia que durante muitos anos foi um dos principais bastiões do Partido Socialista – a Lajeosa –, o PS fez-se representar por algumas das suas principais figuras políticas locais, mas foi a “presença especial” de António Campos – conforme notou Ricardo Figueiredo – que mais entusiasmo gerou no seio dos “jotas”.
“Confesso que já conheci muitos jovens com espírito menos jovem do que o engº. António Campos”, afirmou o recém eleito presidente do núcleo da JS, que de seguida encetou um discurso bastante crítico contra a Câmara de Oliveira do Hospital. Considerando que “Oliveira do Hospital – mais do que nunca – precisa dos seus jovens”, Ricardo sublinhou que “o concelho está a atravessar um momento crítico” e defendeu que “a falta de visão” do presidente da autarquia oliveirense tem impedido que Oliveira do Hospital seja “um concelho atractivo para quem quer investir nele”.
O líder do núcleo da JS serviu-se depois do facto de Mário Alves ter anunciado recentemente a intenção de rejeitar a possibilidade da instalação de uma loja do cidadão de 2ª geração na cidade, para criticar o autarca do PSD pela sua “visão tacanha e curta” e pela política do “orgulhosamente sós”. “O presidente da Câmara continua no seu gabinete à espera dos empresários, em vez de ir à procura deles”, observou ainda o jovem socialista, frisando que a gestão autárquica “do dia-a-dia” tem contribuído para que “Oliveira do Hospital não progrida há 15 anos”.
Mais parco em palavras, o coordenador da JS de Lagares da Beira – “a terra mais socialista do concelho”, conforme insinuou José Pinto – deixou um alerta aos jovens: “ajudemos o PS e os independentes que estejam connosco a salvar o concelho”.
“Autárquicas de 2009 vão ser o momento de viragem”
Não menos crítico foi o líder do PS, José Francisco Rolo, que após considerar a JS como a “grande energia renovável” do partido, sentenciou que “as autárquicas de 2009 vão ser um momento de viragem”.
Salientando que “o PSD manda há 20 anos na câmara e dali não sai nada de novo”, Rolo lembrou as responsabilidades da JS e apelou para que a jovem estrutura partidária tenha uma postura de exigência em prol do desenvolvimento do concelho. “É preciso que a JS de Oliveira do Hospital exija mais do que foguetório e empregos para servir clientelas político-partidárias”, vincou o presidente da concelhia socialista.