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Líder do PSD quer devolver Câmara ao partido e destronar “aliança encapotada socialista/comunista”

 

… e foi contundente nas críticas que dirigiu ao atual executivo movido pelo lema “pão e circo”.

O PSD de Oliveira do Hospital abriu, no sábado, as portas da nova casa, sita na Rua António Canastrinha. Numa cerimónia onde a recém eleita Comissão Política de Secção, liderada por António Duarte, tomou posse, voltou a ficar clara a intenção de o partido recuperar a Câmara Municipal que, em 2009, foi ganha pelo Partido Socialista.

“Recuperar a Câmara Municipal para o PSD é o nosso grande objetivo”, afirmou António Duarte que, no seu discurso de tomada de posse, foi duro na apreciação ao trabalho feito pelo atual executivo municipal.

António Duarte referiu-se em concreto à falta de “liderança, de rumo e de um projeto credível” que já colocou o concelho – “era o terceiro maior e mais próspero concelho do distrito de Coimbra”, frisou – “a meio da tabela”, com a particularidade de as perspetivas futuras “não serem animadoras”. Uma responsabilidade que Duarte faz recair sobre o Partido Socialista que “não existe em Oliveira do Hospital” e que “está submisso e subjugado a interesses pouco claros e politicamente promíscuos”.

“É hoje claro que quem domina e orienta a autarquia de uma forma dissimulada é o partido Comunista”, afirmou o líder laranja, referindo-se a uma “aliança encapotada socialista/comunista” que “prefere a popularidade à decisão, a demagogia à ação e o baixo jogo político à verdade dos factos”.

Muito crítico em relação aos “espetáculos avulso e consecutivas festas e eventos” – “mais não visam do que camuflar a inoperância daqueles que conduzem os desígnios do nosso concelho”, sustentou – Duarte recuou ao período romano, para verificar que também como naquele tempo o lema é “pão e circo”. Razões que levam o PSD oliveirense a não compactuar com o “frágil executivo autárquico” e, querer “prescindir rapidamente de quem, como o atual presidente da Câmara faz da simpatia e sedução fútil a única qualidade capaz de arrebatar o eleitorado em 2013”.

Para o presidente da estrutura laranja que, admite os “erros do passado” e está preparado para o “salutar confronto de ideias”, Oliveira do Hospital assiste a “um verdadeiro escândalo”, pelo que este “é um momento crucial para o PSD”.

“Por incrível que pareça nem o troço do IC6 conseguiram trazer até Oliveira do Hospital”

A pouco mais de um ano das próximas eleições autárquicas e volvidos dois anos e meio desde o último ato eleitoral, Duarte tem a constatar que “o executivo deixou quase tudo por fazer e tudo adiou.

“Subalternizou os verdadeiros desígnios concelhios a meros interesses partidários”, notou o líder partidário que – tomando por base o facto de o executivo socialista “gozar de estabilidade política similar a uma maioria, beneficiar de condições económicas favoráveis proporcionadas pelo anterior executivo e usufruir quase dois anos de um governo socialista” – olha para os últimos anos como os “anos da oportunidade perdida”.

“Por incrível que pareça nem o troço do IC6 conseguiram trazer até Oliveira do Hospital”, notou Duarte, criticando a visão do executivo que “ainda julga que desenvolver um concelho é fazer uns relvados ali, uma piscina acolá…”.

A abrir um “novo ciclo em Oliveira do Hospital”, António Duarte disse estar rodeado de “gente livre que pensa pela sua cabeça”, avisando por isso que “acabou a época dos saldos”. “Os verdadeiros social- democratas não se vão deixar aliciar por “vendedores de sonhos e ilusões, ou trocar a sua dignidade por um prato de lentilhas”disse o líder do PSD numa cerimónia onde entre o grupo dos social-democratas presente, apenas se contou um presidente de Junta de Freguesia, Adelino Henriques, de Nogueira do Cravo.

Na tomada de posse, António Duarte contou com a presença dos dois últimos presidentes da estrutura – Nuno Pereira e Sandra Fidalgo- notando-se também a presença dos presidentes das estruturas concelhias de Tábua e Lousã, e do deputado por Coimbra na Assembleia da República, Maurício Marques.

Na secção do distrito que “mais vezes” visita, o presidente da Comissão Política Distrital louvou a “união” a que se assiste no PSD oliveirense e apelou ao reforço do “consenso”, chamando “os que fazem falta ao partido”. “Isso vai fazer tremer os nossos opositores e eles já andam preocupados”, afirmou Marcelo Nuno que também não poupou o presidente da Câmara Municipal à crítica.

“Apercebe-se que ganhou as eleições porque era um tipo simpático, e pensa que é assim que deve continuar e a instigar a divisão na Comissão Política do PSD”, referiu o líder distrital do partido, avisando José Carlos Alexandrino que não é “distribuindo charme e simpatia, pão e circo” que se “governa a Câmara Municipal”. “É preciso um rasgo e um lampejo”, verificou Marcelo Nuno.

Matos Rosa, secretário geral do PSD apreciou a “frontalidade” do novo presidente do PSD oliveirense e revelou-se disponível para “tudo fazer” para sensibilizar o governo para a importância de obras como o IC6. Em Oliveira do Hospital, Matos Rosa, responsabilizou os governos passados pelos erros cometidos e que hoje prejudicam os oliveirenses. “Foi por causa de políticas erradas que tivemos que pedir apoio estrangeiro e ter o IC6 inacabado”, registou, notando que com o atual goveno “as prioridades mudaram”. “Vamos fazer o que é necessário e não o que é supérfluo”, sossegou.

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