Uma queimada terá estado na origem do incêndio que às 11h50 de hoje deflagrou na Quinta dos Cortinhais, freguesia de Santa Ovaia, e que chegou a estar próximo de algumas habitações não chegando porém a constituir situação de risco.
O incêndio já considerado como o maior de 2012 foi combatido por 52 bombeiros de cinco corporações – Oliveira do Hospital, Tábua, Vila Nova de Oliveirinha, Lagares da Beira e Coja – com o apoio do helicóptero da Autoridade Nacional de Proteção Civil estacionado em Santa Comba Dão. No local esteve também o responsável pelo gabinete técnico florestal e o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital.
O fogo que deixou a freguesia de Santa Ovaia e arredores coberta de fumo e sem vista sobre o horizonte, chegando a recrear o típico cenário dos incêndios de verão, foi dado como controlado a meio da tarde, procedendo-se nesta altura à operação de rescaldo.
Ainda que seja o maior em área ardida, rondando entre os quatro e os cinco hectares, o fogo que deflagrou ao final da manhã não foi o primeiro ocorrido no concelho, ainda em pleno inverno.
“Tem acontecido quase todos os dias”, referiu há instantes o comandante dos bombeiros voluntários de Oliveira do Hospital, contando que a maior parte dos focos de incêndio registados têm resultado de queimas ou queimadas.
Uma situação que preocupa o comandante Emídio Camacho que disse já ter alertado a Câmara Municipal para a necessidade de realização de sessões de sensibilização no sentido de alertar a população para o perigo de realização de queimas e queimadas, quando se assistem a temperaturas quase de verão.
“A lei permite queimas e queimadas nesta época do ano, mas também condiciona a sua realização quando as temperaturas são elevadas”, explicou.
Hoje, o trabalho dos bombeiros não se fica, porém, pelo combate ao incêndio de Santa Ovaia. Há instantes a sirene da corporação voltou a soar e, por esta altura, os bombeiros enfrentam as chamas numa zona de pinhal do Senhor das Almas, freguesia de Nogueira do Cravo.