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Emoção toma conta de Gavinhos de Cima, terra onde cresceu Carlos Martins

Na aldeia onde cresceu, os populares regozijam-se pela boa nova.

A notícia de que já foi encontrado um dador de medula óssea compatível com o menino de três anos a quem, no final do verão passado, os médicos diagnosticaram aplasia medular, encheu de emoção as gentes que ainda que conheçam mal o pequeno Gustavo Martins, conhecem muito bem o pai, Carlos Martins, crescido em Gavinhos de Cima e onde mantém grandes relações de amizade com toda a população.

Laços que na hora de anúncio do problema de saúde que afeta o pequeno Gustavo, fizeram daquela dor que afeta toda a família do menino, uma dor sentida por todos. Uma partilha que tal como valeu no momento de angústia, também vale agora no momento em que o caminho para a cura do menino de três anos acaba de ser aberto. Na passada sexta-feira, o pai, Carlos Martins, anunciava na internet que tinha sido encontrado um dador compatível para o seu filho. E no sábado, em Gavinhos de Cima, também já não se falava de outra coisa.

A gigantesca onda de solidariedade que envolveu a localidade, o país e o mundo deu frutos e Gustavo Martins já tem um dador de medula óssea compatível. “Ficámos muito satisfeitos, Nossa Senhora os ajude”, disse uma vizinha dos pais do futebolista, que na localidade é conhecido não por Carlos Martins, mas antes por Jorge, o nome com que sempre foi chamado pela população.

“Até me vieram as lágrimas aos olhos, quando vi a notícia na televisão” disse uma vizinha da avó do futebolista que também não conseguiu esconder o contentamento pelo facto de a onda de solidariedade ter contribuído para a cura do menino. “É muito bom que haja pessoas que possam dar a quem precisa”, referiu, lamentando que pela sua idade já não o possa fazer.

Emocionada, mas “aflita”, era o estado em que Arminda Martins, bisavó de Gustavo Martins, se encontrava na tarde do último sábado. Sem deixar de associar a boa notícia às celebrações do 13 de maio, Arminda Martins tem noção de que apenas foi dado o “primeiro passo de um caminho longo que ainda vai ter que ser percorrido”.

“É um dia feliz, mas muito aflitivo porque ainda falta o resto”, confessou, não deixando de apreciar o pouco tempo que passou entre o anúncio da doença do pequeno Gustavo, até que fosse encontrado um dador. “Em meio ano conseguiu-se um dador”, referiu, mostrando-se grata pela generosidade que tomou conta de todos os que se mobilizaram pela cura do menino.

Ainda que ansiosa, Arminda Martins acredita no bom desfecho deste problema de saúde que atormenta a família Martins, contando que da sua parte vai continuar a manter a mesma atitude que teve até aqui, de continuar a rezar e ter “muita fé”.

Desde a primeira hora confiante na cura do neto, o avô de Gustavo Martins encara a boa notícia com enorme gratidão pelo envolvimento de todos e, com o sentimento de que se reforça a cura do menino. Tal como a mãe, também António Martins tem consciência de que esta é apenas uma batalha numa guerra pela cura, da qual acredita que o neto vai sair vencedor.

A colheita da medula óssea “completamente compatível” com o filho de Carlos Martins deverá acontecer nos próximo dias. Gustavo sofre de aplasia medular e necessita de um transplante de medula óssea para sobreviver.

De acordo com o diretor da Unidade de Transplantação de Medula Óssea do Instituto Português de Oncologia, Manuel Abecassis, o dador compatível com Gustavo Martins foi encontrado nos registos internacionais e é dos Estados Unidos da América.

O transplante deverá acontecer depois de realizados todos os testes ao dador. Da parte do menino, garante aquele responsável, estão reunidas todas as condições para receber o transplante.

No total, a campanha em prol do pequeno Gustavo “rendeu” 40 mil novos dadores em Portugal. Para além do dador agora encontrado, também foi encontrado um segundo dador, mas em que a compatibilidade era apenas parcial.

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