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De acordo com uma informação avançada há instantes a este diário digital por uma fonte ligada à família daquele grande vulto da cultura portuguesa, Pina Martins, com 91 anos, faleceu ao final da manhã desta quarta-feira, na sua residência em Lisboa, vítima de doença prolongada.
Segundo a mesma fonte, o corpo de Pina Martins vai ser cremado e “é intenção da família que as suas cinzas sejam depositadas” junto à estátua que Penalva de Alva lhe erigiu, em Junho de 1995, na margem do rio Alva, como forma de homenagem àquela notável personalidade da cultura portuguesa.
Em Janeiro deste ano, Pina Martins foi homenageado, por ocasião do seu 90º aniversário, pela Academia das Ciências de Lisboa – uma instituição a que presidiu entre 1990 e 2006.
Aquele catedrático jubilado da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, que nasceu em Penalva de Alva no dia 18 de Janeiro de 1920, foi também um alto funcionário da Fundação Calouste Gulbenkian, onde chegou a exercer os cargos de director dos Serviços de Educação e directora da Delegação de Paris.
Tido como um dos maiores investigadores e conhecedores portugueses do Humanismo Renascentista, Pina Martins chegou a ser considerado pelo escritor Lobo Antunes – um membro da Academia Pedro Hispano, que em 2008 distinguiu o ilustre penalvense com o 1º prémio instituído por aquela academia – como “uma figura ímpar da cultura portuguesa, que infelizmente tem sido tão pouco conhecida, tão pouco respeitada, tão pouco amada”.
José Vitorino de Pina Martins, é autor de mais de 200 estudos históricos e bibliográficos em português, francês, italiano e inglês, que foram sendo publicados desde 1960. Notabilizou-se, também, pela descoberta e publicação do mais antigo livro impresso em português – “O Tratado de Confissom”.
