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O ano de 2010 está a ser um dos piores anos desta década em matéria de fogos florestais.
Segundo uma informação obtida por este diário digital junto do Gabinete Técnico Florestal da Câmara Municipal, entre 1 de Janeiro e 31 de Julho registaram-se 42 ocorrências, que consumiram 82 hectares de mato e povoamentos florestais.
Depois de 2005, este é já o Verão com maior superfície ardida. Em termos concelhios, os incêndios de maior dimensão ocorreram no mês de Julho nas freguesias de Ervedal da Beira e Lourosa.
Em reunião do executivo realizada esta manhã, o presidente da Câmara Municipal manifestou-se preocupado com “o número inusitado de incêndios” que este ano têm vindo a deflagrar no concelho e disse não ter dúvidas de que existe “mão criminosa” por detrás deste flagelo.
José Carlos Alexandrino não deixou também de endereçar uma “palavra de reconhecimento” às corporações de bombeiros que têm participado no combate aos incêndios. “Vi um grande empenho e muito sacrifício dos nossos bombeiros”, salientou o autarca, sem deixar de sublinhar as “respostas céleres, com um boa coordenação dos comandantes” que foram conseguidas em dias em que o concelho chegou a ter, ao mesmo tempo, quatro incêndios activos.
Algo crítico quanto à forma como os incêndios são noticiados na comunicação social, esteve entretanto Mário Alves. “Estão a convidá-los a fazer o mesmo nos locais onde residem porque depois aparecem as televisões para mostrar aquela azáfama toda”, sustentou aquele vereador do PSD, considerando que “a melhor política contra os incêndios é a prevenção”.
