… também foram reconhecidos pela autarquia de Oliveira do Hospital.
Reconhecendo a importância da “iniciativa empresarial” na construção do concelho como “ele hoje é”, o município de Oliveira do Hospital agraciou ontem , por ocasião da comemoração do feriado municipal, o empresário Joaquim Guerra, proprietário da empresa J.Guerra, única produtora de Sirgarias e Passamanarias na Península Ibérica.
“Sob a sua liderança dezenas de famílias conseguiram, nos últimos 45 anos, assegurar uma vivência económica”, referiu o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, José Carlos Alexandrino, a propósito do empresário.
Responsável por fazer o elogio público ao colega empresário, Fernando Tavares Pereira logo destacou a “grande pessoa” que é Joaquim Guerra que “fez de Oliveira do Hospital a sua casa familiar e empresarial”. Reconhecendo a pertinência do gesto da autarquia oliveirense – “é assim que se promovem as pessoas enquanto estão a trabalhar e estão vivas”, referiu – Tavares Pereira destacou o “homem de luta, que trabalhou toda a vida com esforço e sacrifício” e aludiu à importância do apoio que, ao longo dos anos, lhe tem sido dado pela “boa esposa”.
O patrão do Grupo FTP não tem dúvidas de que “para haver uma boa empresa, tem que haver uma boa família”. “É assim que as empresas conseguem vencer e criar riqueza”, continuou, valorizando o esforço dos empresários concelhios para contornar as adversidades decorrentes da falta de acessos condignos. “É muito importante que a escola dele volte para nós”, disse ainda Fernando Tavares Pereira a propósito do empresário que de deve ser “para sempre recordado”.
Logo informando que só acedeu receber a medalha de mérito municipal depois de muita insistência do presidente da autarquia – “convenceu-me de que era merecedor”, contou – Joaquim Guerra confessou-se reconhecido pelo gesto da autarquia, mas não hesitou em o compartilhar. “Não sou merecedor a 100 por cento, compartilho com a minha esposa e filhos e em parte com os trabalhadores, porque sem eles não estaria aqui”, afirmou o reputado empresário oliveirense que, depois de em anos anteriores ter rejeitado tal distinção, disse agora a receber com “humildade”. “Mais de ação e menos de palavra”, Joaquim Guerra confessou-se “muito” agradecido pelo gesto que partiu da Câmara Municipal.
No domínio associativo, o reconhecimento municipal recaiu sobre a Associação Progressiva de Santo António do Alva pela ação que tem desempenhado no domínio social, cultural, recreativo e de lazer. “Desempenha um papel exemplar”, referiu o presidente da Câmara Municipal, considerando como “bem empregue” o apoio que a autarquia tem dado àquela e outras instituições concelhias, que assumem papel fundamental na lógica de “coesão social”.
Recaindo, este ano, o reconhecimento sobre a IPSS de Santo António do Alva que, num passado recente, assistiu à perda de um dos principais dirigentes – a memória de José Carlos Silva foi ontem invocada – o autarca oliveirense justificou a atribuição da medalha de mérito municipal com “o reconhecimento permanente que o município deve sentir perante o trabalho desenvolvido, dia-a-dia, por estes homens e mulheres que trabalham em benefício do próximo”.
“É para nós um orgulho”, referiu Patrícia Moreirinhas que enquanto elemento da IPSS e responsável por fazer o elogio público recordou o historial da Associação Progressiva de Santo António do Alva, notando o papel que desempenha no apoio às populações. “Esta instituição chega onde muitas vezes o Estado fica à porta”, referiu.
Valorizando o “trabalho voluntário” das várias direções que ao longo dos anos têm conseguido manter viva a Associação Progressiva de Santo António do Alva, o atual dirigente endereçou também palavras de agradecimento a “todos os colaboradores da instituição nas diversas áreas”. “Sem esta gente não seria possível levar este projeto para a frente”, registou Paulo Nascimento, agradecendo o gesto da autarquia oliveirense.
“Vocês são o orgulho das vossas famílias, das vossa escolas e dos vossos professores”
Também aguardada pelo reconhecimento que presta aos melhores alunos, a cerimónia comemorativa do dia do município juntou ontem, não cinco, mas “sete alunos que já desafiam limites e aos quais o futuro se abre de forma risonha”.
Palavras proferidas pelo presidente da Câmara que deu conta de um empate – três alunas apresentavam média de 19 valores – verificado na escola secundária de Oliveira do Hospital e que, de modo inédito, levou a autarquia a não deixar de reconhecer o mérito, ainda que não financeiro, às duas alunas que por uma questão de cálculos – passou a aluna mais nova – não ficaram apuradas para a distinção municipal. “Que dilemas como os que este ano se nos apresentaram se repitam e se tornem frequentes”, desejou José Carlos Alexandrino.
“Vocês são o orgulho das vossas famílias, da vossa escola e dos vosso professores”, referiu ainda o autarca que, na hora de premiar os melhores alunos, se comprometeu a não permitir que “um aluno brilhante deixe de tirar um curso superior por falta de possibilidade dos pais”. Alexandrino assegurou que “o município tem a obrigação de ajudar porque os jovens têm direito”.
A Câmara Municipal de Oliveira do Hospital reconheceu o mérito escolar a Hugo Lopes (10º ano), Beatriz Pereira (11ºano), Catarina Fernandes (12ºano), Marta Lobo (12ºano), Raquel Correia (12º ano), João Mota (ESOH) e Diana Monteiro (ESTGOH).