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A degradação do parque habitacional é visível um pouco por todo o concelho de Oliveira do Hospital, com especial incidência na “antiga malha urbana de cada uma das localidades”.
A preocupação é sentida pela Câmara Municipal de Oliveira do Hospital que, até ao final do mês de Novembro, tem abertas as candidaturas ao Programa de Conforto Habitacional para Pessoas Idosas, resultante do protocolo entre o município e a Segurança Social.
Numa parceria direta com as juntas de freguesia, o programa destina-se à qualificação habitacional nos espaços rurais e visa a melhoria das condições básicas de habitabilidade e mobilidade das pessoas idosas.
Podem-se candidatar todas as pessoas com idade igual ou superior a 65 anos, com rendimento mensal inferior a 419,22 Euros e que usufruam de Centro de Dia ou Apoio Domiciliário, ou estejam a aguardar entrada naquelas respostas. O objetivo é evitar a institucionalização das pessoas, a quem seja reconhecida mobilidade, em valência de lar.
Melhorias nas coberturas, paredes, caixilharias e até criação de instalações sanitárias ou cozinhas são algumas das medidas previstas no programa, também orientado para melhorar as condições de mobilidade e acessibilidade dos moradores.
“Não vamos fechar os olhos e vamos atender a casos prioritários”
No total, está prevista a intervenção em 15 edificações concelhias. Um número considerado insuficiente pela autarquia que não espera “fechar os olhos” aos restantes casos que proliferam por todo o concelho, com tendência a aumentarem.
“Vamos atender a casos prioritários, em especial os que possibilitem que os idosos não sejam institucionalizados em lar”, afirmou o vice-presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital ao correiodabeiraserra.com que, numa análise à situação concelhia, verifica que “Oliveira do Hospital tem muitas necessidades de reabilitação habitacional”.
Uma realidade que, de acordo com José Francisco Rolo, não se esgota entre os idosos e afeta “muitas pessoas em idade ativa”.
“Gostávamos que o programa fosse mais elástico para podermos encaixar muitos casos sinalizados”, continuou o também responsável pelo pelouro de Ação Social da autarquia, garantindo porém que o município vai continuar a dar seguimento a um trabalho que tem vindo a ser realizado na identificação e resolução de casos que, como disse, “estão disseminados um pouco por todas as freguesias” e mais frequentes “na antiga malha urbana de cada uma das localidades”.
Rolo dá o exemplo de habitações antigas, com mais de 100 anos e que, por falta de trabalhos de conservação não dispõem de boas condições da habitabilidade.
Entre os beneficiários da requalificação habitacional, levada a cabo pela Câmara Municipal, incluem-se igualmente famílias com comprovadas dificuldades económicas e com problemas de saúde, nomeadamente portadoras de deficiência e com obesidade mórbida.
A prática que já corresponde a “um terço do trabalho de ação social” desenvolvido pela autarquia é, no entender de Rolo, suscetível de ganhar uma dimensão maior, em especial pelo agravamento das condições económicas por que passam muitas famílias.
Por outro lado, adiantou, “tem crescido o número de casos porque este executivo tem sensibilidade e disponibilidade para resolver casos sociais”.
A este diário digital, o vice-presidente reiterou as intenções do executivo que integra no sentido de elaborar um orçamento para 2012 com “forte matriz social”, revelando que está a ser preparado um programa de apoio e integração social para fazer face às dificuldades da população do concelho, em troca da realização de trabalho útil à comunidade.
No terreno está também o projeto do Banco de Recursos Sociais que conta atualmente com 122 agregados familiares inscritos e presta apoio permanente, em bens alimentares e roupa, a 62 famílias.
