O já conhecido conceito de troca de manuais escolares no início de cada ano letivo prepara-se para chegar a Oliveira do Hospital.
O regulamento que vai servir de base ao programa de troca de livros ainda está a ser elaborado, mas já há, contudo, a certeza de que o projeto vai ser coordenado pela Biblioteca Municipal de Oliveira do Hospital e deverá entrar em funcionamento no arranque do próximo ano letivo.
“Assim ajudamos as famílias a obter livros de forma gratuita”, explicou ontem a vereadora da Educação da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, certa de que o projeto “pode aliviar a carteira de muitas famílias no que respeita à aquisição de manuais escolares”.
De acordo com Graça Silva, a rede de troca de manuais escolares destina-se a todos os alunos do 1º aos 12º anos de escolaridade, independentemente da sua condição financeira.
Na base do novo projeto municipal está, contudo, o voluntariado das famílias, que terão que disponibilizar os manuais escolares dos educandos para a troca.
Como forma de evitar a falta de livros, o presidente da Câmara Municipal equaciona a aquisição de novos manuais escolares, para que possam funcionar como uma espécie de bolsa capaz de suprir necessidades.
Para a boa execução do programa, o município conta com a colaboração dos agrupamentos de escolas e Escola Secundária, sendo que esta última e o Brás Garcia de Mascarenhas têm programas semelhantes em curso no interior das respetivas escolas.
A medida foi apreciada pelo vereador do movimento independente “Oliveira do Hospital Sempre”, José Carlos Mendes, na opinião de quem “já tardava a sua implementação”.
A favor da rede, o vereador do PSD considerou que o programa deverá ainda contribuir para pôr fim à política de adoção de manuais e para uniformizar os manuais usados nos agrupamentos. “Não há justificação para que no concelho, a nível do 1º, 2º e 3º ciclos, os manuais não sejam iguais em todos os agrupamentos”, notou Mário Alves.