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Pais ameaçam DREC com encerramento

Indignados, os encarregados de educação enviaram petição à DREC e ameaçam estrutura educativa com encerramento da escola.

Descontentes com o reduzido número de funcionárias ao serviço da Escola Básica do primeiro ciclo da cidade de Oliveira do Hospital, os pais dos cerca de 200 alunos que a frequentam reuniram-se na passada quinta-feira e elaboraram uma petição que foi remetida à Direcção Regional de Educação do Centro (DREC) com vista à resolução do problema.

Desde o início do ano lectivo, que a EB1 da cidade viu reduzido para metade o número de funcionárias com que conta diariamente. A aposentação de duas funcionárias, no período de férias escolares, obrigou a que a escola partisse para o novo ano lectivo apenas com duas funcionárias que têm a seu cargo duas centenas de alunos, para além de todo trabalho a que o edifício escolar obriga. Esta situação tem vindo a desagradar os pais dos alunos que contam com a solidariedade do Conselho Executivo do Agrupamento de Escolas Brás Garcia de Mascarenhas. “Numa reunião com os representantes dos encarregados de educação realizada na passada segunda-feira, a directora da EB1 informou-nos de que o Conselho Executivo já tinha esgotado as suas possibilidades de resolução do problema”, referiu Rui Monteiro, sublinhando que naquela reunião ficou decidida a realização de uma outra, com o objectivo de alertar a DREC para este problema que – como disse – chega a ameaçar a integridade física das crianças.

Com um filho a frequentar o segundo ano naquela escola, Rui Monteiro teme que o pior possa acontecer, porque entende ser impraticável que apenas duas funcionárias vigiem os passos de duas centenas de crianças quer no recreio, quer no acompanhamento para o pavilhão municipal. Lembrou ainda que aquela escola é frequentada por um aluno com necessidades especiais que, em algumas situações absorve a atenção de uma funcionária, obrigando a que os restantes alunos fiquem sob o olhar atento da outra funcionária. Monteiro deu ainda o exemplo dos professores que faltam e dos meninos que por vezes se aleijam e que absorvem de imediato uma das funcionárias. “Por sorte, os professores têm auxiliado o acompanhamento para o pavilhão”, referiu, notando que a EB1 da cidade não pode andar ao “pé-coxinho”.

“Sabemos das dificuldades que existem e até temos conhecimento de que há salas que não são limpas ao final do dia”, sublinhou, destacando ainda a dificuldade que os pais têm quando chegam à escola e pretendem falar com uma funcionária ou professora da escola.

Conscientes dos esforços – embora infrutíferos, como disse Monteiro – do conselho executivo do agrupamento para resolver a questão junto da DREC, os pais remeteram a petição àquele organismo educativo. Na eventualidade de o problema se manter, os pais já equacionam outras medidas de luta que, entre outras coisas, podem até passar pelo encerramento da escola. O CBS tentou por diversas vezes contactar a DREC, bem como a Equipa de Apoio às Escolas, com sede em Tábua, mas até ao fecho desta edição não foi possível obter qualquer esclarecimento sobre a forma como o problema pode ser resolvido.

Este jornal apurou contudo que os pais dos alunos da EB1 vão remeter cópia da petição enviada à DREC, para a Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, Conselho Executivo do Agrupamento de Escolas Brás Garcia de Mascarenhas e Associação de Pais.

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