Home - Politica - Passos Coelho almoçou com duas centenas e não poupou críticas ao Governo

Em contagem decrescente para as eleições directas do PSD agendadas para 31 de Maio, Pedro Passos Coelho esteve hoje em Oliveira do Hospital, num almoço que teve lugar no Hotel São Paulo e foi participado por cerca de 200 pessoas. O mandatário concelhio Carlos Veloso e o director local de campanha José Carlos Mendes foram os responsáveis pela organização da acção.

Passos Coelho almoçou com duas centenas e não poupou críticas ao Governo

Imagem vazia padrão“Não gostava que esta campanha acabasse sem conseguir falar com o maior número de militantes”, começou por frisar o candidato à estrutura nacional do partido, valorizando o facto de a Comissão Política de Secção (CPS) de Oliveira do Hospital reunir um número significativo de sociais-democratas. Mas, foi sobre o Governo e o estado da Nação que Passos Coelho centrou a sua intervenção, garantindo estar nesta luta porque acredita “que o país precisa de uma mudança”, que não pode esperar por mais quatro anos e “tem que ocorrer daqui a um ano”.

Muito crítico em relação às prioridades do Governo, o candidato ao PSD nacional não deixou de apontar o dedo ao facto de o executivo de José Sócrates não saber aproveitar as oportunidades resultantes da adesão à União Europeia. “Os que entraram atrás de nós já nos ultrapassaram”, frisou, lamentando que os portugueses ainda tenham que recorrer à emigração para poder sobreviver. “Um país que entra num clube rico, não pode ter cada vez mais pessoas a caminhar para outros países”, notou, considerando que “isto não é progresso, é retrocesso económico”. Pedro Passos Coelho denunciou a existência de “assimetrias cada vez maiores” e a constatação de que “o país é mais desigual do que há 12 anos atrás”.

Na aplicação dos dinheiros do Estado, o candidato que pretende ocupar o lugar de Luís Filipe Menezes desvaloriza o novo mapa de auto-estradas, porque entende que ao mesmo tempo que se construíram auto-estradas, o governo conseguiu “desqualificar toda a outra rede viária importante”. Passos Coelho fala de um “investimento desigual” e elogia o papel da câmaras municipais que vão conseguindo captar algum dinheiro de Bruxelas.

“Precisamos de um quadro de confiança entre as pessoas e o Estado”

Assume-se como defensor de uma política que coloca as pessoas e a sociedade civil no centro das atenções e acusa o Estado de centralismo que peca por “desconfiar dos privados”. “Precisamos de um quadro de confiança entre as pessoas e o Estado”, defendeu, ao mesmo tempo que apontou o dedo às crescentes dificuldades que afectam as famílias portuguesas. Passos Coelho responsabiliza o Governo socialista por “não fazer nada para responder às situações dramáticas”.

Imagem vazia padrãoSobre as recentes movimentações em torno dos ATL pensados para ajudar as famílias com filhos pequenos, Pedro Passos Coelho posicionou-se ao lado das Misericórdias Portuguesas, por entender que estavam a “funcionar bem”. “O Estado durante anos não fez nada para ajudar as famílias” referiu, lamentando que agora “não queira dar dinheiro às misericórdias” para continuarem a assegurar esses serviços. Porque não quer “um Estado de Batota”, o candidato social-democrata aconselhou ainda o governo a pagar as dívidas aos portugueses.

Em período de campanha, dirigiu-se aos seus adversários na corrida pelo PSD nacional enquanto companheiros, mas deixou claro que é preciso distinguir as diferenças. É que na opinião de Passos Coelho “as ideias estão a fazer o seu curso” mas “não têm o mesmo valor na boca de qualquer um”.

Mendes apelou

Para além de manifestar o seu apoio à candidatura de Pedro Passos Coelho, o líder local do PSD aproveitou para sensibilizar o candidato sobre a necessidade de não esquecer a região interior centro. “Esperamos que quando for eleito primeiro-ministro não esqueça o local onde estamos, onde as acessibilidades são o que toda a gente sabe e os serviços fundamentais estão a sair”, sustentou José Carlos Mendes que se comprometeu em dar continuidade à mensagem de que Passos Coelho “é a melhor escolha” para o PSD.

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