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Plenário resultou na insolvência da HBC Confecções

Entraram para o plenário, realizado na fábrica ao início da tarde, com o objectivo de saberem o que realmente se passava com a empresa e saíram com a confirmação do que todos temiam: o desemprego.

A insolvência foi a solução encontrada pela administração que se via a braços com os salários de Março em atraso, um passivo às Finanças e à Segurança Social, e ainda um problema relacionado com a falta de um gestor.

 “Tudo fizemos para que não fosse dada a insolvência”, referiu esta manhã ao correiodabeiraserra.com, Fátima Carvalho do Sindicato dos Têxteis e Confecções de Coimbra, deixando claro que apesar de a insolvência ter sido a solução encontrada, tal não é sinónimo de concordância com a mesma. “Não estamos de acordo com a insolvência, mas se não há alternativa”, referiu a responsável, notando que a notícia foi recebida com “muita emoção e muita tristeza” por parte dos trabalhadores, que ontem mesmo, pediram a suspensão dos contratos trabalho para irem para o desemprego.

A este diário digital, Fátima Carvalho revelou-se confiante na recuperação da empresa e explicou que foi exactamente por isso que, os trabalhadores optaram pela suspensão e não pela rescisão dos contratos.

É que, segundo adiantou, do plenário realizado resultou também o “propósito de se encontrar um caminho” para a HBC, por proposta do Sindicato. “Foi assumido pelos advogados do Porto, a administração e pelo Governador Civil”, referiu Fátima Carvalho, asseverando que o sindicato está “com muita motivação”.

“Não baixamos os braços e pretendemos encontrar uma solução”, sublinhou, apelando “a todas as forças vivas da zona local e ao Governo para que ajudem a encontrar uma solução”.

O Sindicato solicitou uma reunião com o IAPMEI, Governo Civil de Coimbra e Segurança Social que deverá ter lugar na tarde da próxima segunda-feira. Confirmada está a realização de um novo plenário com os trabalhadores, na próxima segunda-feira, às 11h00, no interior da empresa.

“Em Oliveira do Hospital tem que se travar o desemprego”

 Em face de uma realidade de sucessivos encerramentos de unidades de confecções no concelho de Oliveira do Hospital, Fátima Carvalho é já conhecida pelo apelo constante que tem feito para que, “quem de direito” contribua para inverter a situação.

“Não queremos mais desemprego, queremos emprego”, frisou a responsável que entende ser a altura de se colocar um “travão” ao drama que desde 2006 atingiu perto de meio milhar de pessoas e, respectivas famílias, só no concelho de Oliveira do Hospital.

Em conjunto com os 160 trabalhadores agora no desemprego, Fátima Carvalho pretende encontrar uma alternativa ao problema.

“Falta de fé não tenho”, confessou a este diário digital, encontrando também muita motivação junto dos trabalhadores que não pretendem assistir ao desmoronamento da empresa que conta com 15 anos de actividade.

“Podemos não conseguir, mas a nossa determinação é na continuidade”, frisou, constatando que “em Oliveira do Hospital há muitos actores que poderiam encontrar soluções”. E aos políticos e forças vivas sugeriu que passem das ideias aos actos e tomem verdadeiras medidas.

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