Os professores iniciam, hoje, em dia de avaliação, um período de greve que termina no final da próxima semana, numa luta em que os alunos são usados como “alvos” pelos docentes e como “escudos” pelo Ministério.
No meio da guerra entre ministério da Educação e docentes, que ameaçam prolongar as greves, estão os alunos, que desconhecem ainda se serão avaliados e se vão conseguir realizar exames nacionais, uma vez que falharam todas as reuniões e tentativas de negociação, que só terminaram na noite de quinta-feira., informa o JN online/Lusa.
Em causa está a decisão de colocar os professores na mobilidade especial, que só será aplicada aos docentes em fevereiro de 2014, e o alargamento do horário de trabalho de 35 para 40 horas semanais.
Os docentes temem que as medidas sejam um caminho para o desemprego e por isso não desistiram das greves às avaliações, entre os dias 07 e 14 de junho, e da greve geral, que coincide com o primeiro exame nacional, a 17 de junho.
Sem conseguirem chegar a acordo, Ministério e sindicatos começaram uma guerra de palavras: o Ministro da Educação, Nuno Crato, acusou os professores de usarem os alunos “como alvo” e a Federação Nacional de Professores (Fenprof) veio dizer que o ministério usava os alunos “como escudos”.
Está neste momento nas mãos de um colégio arbitral a decisão de convocar serviços mínimos para o dia do exame nacional, mas o ministro Nuno Crato já veio admitir que poderá recorrer a todos os meios legais para evitar que os alunos saiam prejudicados, inclusive à requisição civil.
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