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Muitas empresas apenas se preocupam com os números e acreditam que, se conseguirem escoar os seus produtos, é sinal que as acções de marketing estão no bom caminho.

Prognósticos só no fim do jogo

No entanto, muitas delas esquecem-se de que só vender o produto não chega para ser uma empresa sólida no futuro, pois, se não trabalharem seriamente questões emocionais, os clientes de hoje poderão não ser os clientes de amanhã.

Sobre esta questão existem números muito interessantes. Estudos recentes sobre fidelização de clientes comprovam que, para as empresas, custa cinco vezes mais atrair novos clientes do que manter aqueles que têm. Assim sendo, chegou o momento das várias instituições repensarem a sua estratégia e, mesmo depois de concluída a venda, tentar manter o cliente e retê-lo através da criação de um relacionamento sólido e duradouro. Um simples telefonema para saber se podemos ajudar em alguma coisa ou para saber se ficou verdadeiramente satisfeito com a compra já é um passo importante para essa manutenção. Com esse contacto, a verdade é que, mesmo que as coisas não tenham corrido bem, ainda podemos sempre tentar recuperar a situação. A política dos 3 R´s (relacionamento, retenção e recuperação) tem sido uma arma muito eficaz para tornar os consumidores em verdadeiros fãs das marcas.

No entanto, existem situações em que as regras do jogo se alteraram ligeiramente. Neste campeonato os objectivos modificam-se, pois tudo o que gira em torno do relacionamento e da retenção está mais do que garantido. Ninguém desconfia que uma pessoa que é capaz de não dormir, fazer centenas de quilómetros, pintar a cara de várias cores, chorar, gritar, abraçar desconhecidos por uma equipa ou um desportista é um verdadeiro fã. Neste jogo do marketing desportivo, a única preocupação é tornar esses verdadeiros fãs de desporto em consumidores.

Questões ligadas a saber como se consegue vender bilhetes para os vários tipos de eventos desportivos, como se consegue vender o merchandising do clube, como um patrocinador consegue o retorno do seu investimento, como transformar o evento em algo mediático que chame a comunicação social ou como fazer com que o adepto passe algum tempo relacionado com as questões desportivas é o grande desafio desta nova liga do Marketing Desportivo.

Sem nos esquecermos de acontecimentos que mancharam o mundo do desporto tal como doping, corrupção, violência entre claques, polémicas com árbitros… nunca nos podemos esquecer que, por maior que seja o amor à camisola, o adepto gosta de bons acessos, bons estacionamentos, conforto e animação nos estádios, bons serviços de restauração e, claro, gosta que a sua equipa ganhe para sair do local do evento feliz e com a sensação que o preço pago para assistir ao espectáculo não foi injusto. Só trabalhando nessas áreas é certo que o remate será certeiro. No entanto, prognósticos… só no fim do jogo.

sugestão.fordoc@gmail.com
Associação Nacional de Jovens Formadores e Docentes
(FORDOC)

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