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PS vence europeias com recorde de abstenção e Marinho Pinto é a principal surpresa

O Partido Socialista venceu as eleições europeias em Portugal, marcadas por um recorde da abstenção: 66,1%. Para António José Seguro este resultado, uma “grande vitória” do PS, significa que “o atual governo chegou ao fim”.

A surpresa deste domingo foi a eleição de Marinho Pinto nas listas do Movimento Partido da Terra. Um resultado que contrasta com uma queda significativa do Bloco de Esquerda.

O Partido Socialista é o vencedor das eleições europeias deste domingo, confirmando as sondagens divulgadas logo ao início da noite e que lhe atribuíam a maior percentagem de votos e a eleição de oito a nove eurodeputados.

O Movimento Partido da Terra (MPT), cujo cabeça de lista é o antigo bastonário da Ordem dos Advogados António Marinho Pinto, surge como a principal supresa das eleições europeias. O MPT surge como o quarto partido mais votado.

Outro partido que pode reclamar vitória neste domingo é a CDU, a coligação entre PCP e Verdes, com uma percentagem superior a 12%, e que constitui um dos melhores resultados eleitorais dos comunistas.

O BE cai nestas eleições e deverá conseguir apenas eleger um representante no Parlamento Europeu, ficando com menos de 5% dos votos.

Na primeira reação às projeções televisivas, o cabeça de lista socialista, Francisco Assis, considerou que se inicia um “novo ciclo” em Portugal, afirmando que a coligação PSD/CDS terá uma “derrota histórica” e que o PS se tornou novamente o maior partido.

“Inicia-se um novo ciclo na vida política portuguesa. A direita vai ter uma verdadeira derrota histórica e o PS tornou-se novamente o maior partido político português. Ficou evidente que os portugueses querem uma mudança”, declarou o “número um” da lista europeia do PS.

A satisfação socialista foi vincada mais tarde pelo líder do partido, António José Seguro: “O PS teve hoje uma grande vitória”.

A derrota da coligação PSD-CDS foi também destacada por Jerónimo de Sousa que anunciou a apresentação de uma moção de censura ao Governo. Uma forma de dar continuidade ao que diz ser “uma censura do povo” ao executivo.

O presidente do PSD reconheceu a responsabilidade política pela derrota da Aliança Portugal nas europeias mas relativizou esse resultado, afirmando não ter sido tão grande quanto foi prognosticado.

Pedro Passos Coelho atribuiu a vitória ao PS, até porque em eleições “só há um que ganha”. Foi o PS que ganhou estas eleições e, portanto, felicito o PS por essa vitória eleitoral”.

O cabeça de lista do MPT, Marinho Pinto considerou que a sua eleição para o Parlamento Europeu é o “resultado natural” do processo, no qual participou de forma voluntária e consciente.

Já o cabeça de lista da Aliança Portugal ao Parlamento Europeu, Paulo Rangel, saudou o PS pela vitória nas eleições europeias, mas considerou que os socialistas não têm razão para “entrar na euforia” manifestada por Francisco Assis.

Paulo Rangel lamentou a derrota da Aliança Portugal, mas sustentou que olhando para o que se passou com “muitos governos” da União Europeia, os resultados obtidos por PSD e CDS-PP são “comparativamente interessantes”.

jn.pt

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