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PSD adia anúncio de candidato à Câmara e endurece críticas ao executivo

Sem negar, mas também se nunca dar como certo o nome de Cristina Oliveira como candidata do PSD à Câmara municipal de Oliveira do Hospital, António Duarte disse ontem que o nome do apregoado “messias”, já não vai ser conhecido este ano, tal como prometido, perspetivando a apresentação pública do rosto com que o partido conta disputar a presidência da Câmara Municipal para meados de janeiro.

“É uma estratégia por indicação do candidato”, explicou o presidente da Comissão Política de Secção do PSD, notando que o partido estava em condições de proceder à sua apresentação, vendo-se porém na obrigação de respeitar aqueles que são os timings definidos pelo futuro cabeça de lista do partido. “A pessoa também determina as regras do jogo e tem opinião sobre como decorre este processo”, entende António Duarte, justificando tal decisão com “afazeres pessoais e profissionais do candidato”. “Não tem nada a ver com receios”, clarifica o líder dos social-democratas, certo de que ao ter já encontrado o candidato às próximas eleições, o PSD “já dá sinais de esperança aos oliveirenses”.

Apontando o meio do mês de janeiro para apresentação do rosto social-democrata candidato à Câmara, António Duarte assegura que aquele ato “não vai decorrer de forma superficial e pouco organizada”. “Estabeleceremos uma estratégia que vai redundar numa imagem forte”, assegura.

Ainda que não dê como certo o nome de Cristina Oliveira, António Duarte não deixou ontem de repudiar o “ataque inusitado” protagonizado na última Assembleia Municipal “à putativa candidata”. O social-democrata referiu-se em particular à discussão em torno da constituição de mega agrupamentos escolares, registando que a postura do presidente da Câmara Municipal neste processo é o de salvaguardar “um sistema corporativo”. “O que é que determinados agrupamentos estão a fazer em prol do concelho? E o que é que determinados agrupamentos estão a fazer em prol da política local?”, questionou António Duarte, lamentando as “mentiras” proferidas na Assembleia Municipal, com o objetivo de “lançarem a confusão às pessoas”.

Duarte recorreu-se de um documento onde enumerou as reuniões tidas entre a DREC e a Câmara Municipal e o resultado das mesmas, para acusar o executivo de faltar à verdade na Assembleia Municipal, quando não informou os deputados das reais conclusões do Projeto Educativo Local (PEL) e que apontam para o decréscimo da população escolar. “Face aos resultados do PEL, um único agrupamento permite uma organização de rede com maior flexibilidade e a eficiência na utilização das infra estrturas educativas”, leu António Duarte, na certeza de que com a postura assumida na Assembleia Municipal, o executivo pretende “acicatar os ânimos e desenvolver políticas de agressividade”.

Ainda a propósito de autárquicas 2013, António Duarte assegurou que o rosto que o partido escolheu “não é segunda ou terceira opção”. “Não houve convites endereçados por mim a ninguém”, assegurou o responsável, negando também ter endereçado qualquer convite para a Assembleia Municipal. Duarte negou assim o nome de Carlos Portugal como cabeça de lista àquele órgão, negando também ter convidado Mário Alves para o mesmo efeito, ainda que tenha certeza de que “Mário Alves era uma pessoa que poderia contribuir e ajudar o PSD a ter resultado mais expressivo do que aquele que vai ter”.

“Esta Câmara é um deserto de ideias inovadoras”

Num encontro onde teceu duras críticas à forma como é conduzida a Assembleia Municipal – “há clara manipulação do órgão”, referiu – numa tentativa de “achincalhar quem ousa discordar” e de “desviar o debate para a esfera política, António Duarte apresentou o mais recente “manifesto” dirigido à população. “Não nos resta outra hipótese que não seja a de denunciar estas situações”, esclarece Duarte elencando o conjunto de “promessas por cumprir”, em áreas como o ambiente, urbanismo, cultura, educação, entre outras.

“Esta Câmara é um deserto de ideias inovadoras e de estratégia de desenvolvimento”, refere o PSD no documento que já fez chegar aos oliveirenses e que também usa para denunciar o preenchimento das estruturas ligadas à Câmara por “militantes ou simpatizantes socialistas ou por aqueles que sem vergonha e honra prometem agora mudar a camisola, traindo quem neles depositou confiança e o voto”. “O povo na devida altura vai dar a devida resposta”, avisam os social-democratas.

Com o termo bancarrota afastado do léxico do PSD de Oliveira do Hospital, Duarte entende que no que respeita ao que continua por fazer no concelho, tal se deve à “incúria, desleixo, autismo e falta de vontade” do executivo socialista. “Com certeza que não é por falta de situação financeira”, sublinhou o social democrata a propósito de uma Câmara “que não faz, não sabe fazer e nem sequer faz um esforço para assumir a sua incapacidade”.

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