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PSD e CDS desafiam PS a dizer se “retira ou não retira a confiança política a António Lopes”

O PSD e o CDS-PP vão solicitar a marcação, para breve, de uma Assembleia Municipal extraordinária para ali colocarem a votação uma moção de confiança a António Lopes. A oposição quer saber se o PS “retira ou não retira a confiança política” ao presidente da Assembleia Municipal de Oliveira do Hospital.

No rescaldo de uma reunião de Assembleia Municipal onde entendem que o presidente do mais importante órgão autárquico do concelho foi “desautorizado” pelo partido por que foi eleito, PSD e CDS saem à defesa de António Lopes, exigindo no imediato uma “clarificação” do atual momento político.

O inédito episódio político que coloca a oposição (PSD e CDS) ao lado do presidente da Assembleia (PS), eleito por maioria absolutíssima aconteceu, ontem à noite, na habitual casa dos deputados, o Salão Nobre da Câmara Municipal, pela mão de Nuno Vilafanha (PSD) e Luís Lagos (CDS-PP) inconformados com o “pântano político” a que se assiste no concelho oliveirense.

“Quem teve um resultado como o PS, a primeira responsabilidade que tem é de criar um clima saudável e de estabilidade política . Mas temos assistido a tudo menos a estabilibidade política e muito por culpa do PS”, referiu ontem à noite o deputado do CDS-PP que, sem reservas, criticou aquela que tem sido a atuação do partido socialista que não tem sabido lidar com a maioria absoluta e “está a lutar contra si próprio”. “Quando há um ataque claro do presidente da Assembleia ao presidente da Câmara, o que ouvimos do PS foi nada. Há um silêncio absoluto que não contribui para a necessária clarificação”, insistiu Luís Lagos que do mesmo modo, desaprecia a “agressividade contra natura” a que assistiu na reunião da Assembleia da última sexta feira com o PS a “desautorizar” o presidente da Assembleia quando “queria levar o regimento à reunião seguinte para que todos se pudessem rever nesse regimento”. “Se isto não é abrir uma paz podre, não sei o que é”, comentou o deputado, encaixando o episódio no conjunto de “trapalhadas” protagonizado pelo PS.

“O PS deve dizer se quer este presidente da Assembleia Municipal, se o quer com este estilo ou se não quer. Tem que dar resposta ao eleitorado”

“Não podemos continuar a viver em clima constante de guerrilha, com ataques e insinuações que parecem não ter fim, como uma telenovela mexicana em que não queremos participar”, disse também o deputado do PSD, Nuno Vilafanha, condenando aquela que foi a postura assumida por deputados socialistas na última reunião de dezembro ao indicarem a “porta de saída” ao presidente da Assembleia. “Tentaram correr com ele”, recordou o deputado municipal que ontem desapreciou de igual modo os “reparos” que são feitos por deputados socialistas no momento em que António Lopes fala. “Isto não deve ser muito confortável para o presidente, sem saber se tem ou não o apoio de quem o elegeu”, disse ainda Nuno Vilafanha que, neste cenário de crise política aprecia a postura de António Lopes que “tem demonstrado elevação maior e assegura alguma imparcialidade”.

Para PSD e CDS é “evidente a desconfiança” do PS em relação ao presidente da Assembleia Municipal, pelo que entendem ser mais do que propositada a marcação de uma reunião extraordinária, onde esperam apresentar e votar favoravelmente uma moção de confiança e, assim, colocar à prova a confiança do PS em António Lopes.

“O PS deve dizer se quer este presidente da Assembleia Municipal, se o quer com este estilo ou se não quer. Tem que dar resposta ao eleitorado”, exorta Luís Lagos expectante em saber se o partido a quem os oliveirenses confiaram uma maioria absolutíssima em troca de “estabilidade política”, vai ou não “roubar a legitimidade a António Lopes e o destituir do cargo”.

Respostas que o PSD e CDS esperam com ansiedade, para que o debate em Oliveira do Hospital deixe de ser em torno da crise política, para passar a ser em torno do que realmente interessa para o desenvolvimento do concelho. “Está tudo ocupado pelo clima de intriga e de conflitualidade no seio da maioria”, verifica Luís Lagos.

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