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PSD propõe apoio específico da CM Oliveira do Hospital à vacinação de crianças com as vacinas não contempladas pelo PNV, executivo recusa

O Partido Social Democrata apresentou uma proposta de recomendação na última Assembleia Municipal para que a autarquia crie um plano de apoio especifico para a vacinação das crianças do concelho nas vacinas que actualmente são recomendadas pelos pediatras, mas que se encontram fora do Plano Nacional de Vacinação (PNV), dando a título de exemplo as vacinas antimeningocócica e antirotavírus. A recomendação nem sequer foi discutida e o presidente da autarquia acusou o eleito Rafael Costa de ignorância, alegando que aquela proposta já está contemplada pela autarquia.

“Fez aí uma proposta quanto à vacinação que já está prevista no programa de incentivo à natalidade. O senhor não sabe. Andam sempre atrasados”, referiu José Carlos Alexandrino visivelmente irritado com o único membro da Assembleia que ia levantando alguns assuntos mais incómodos para o executivo. “ O engenheiro Rafael é um homem perfeitamente isolado. Faz-lhe comichão, os senhores presidentes das juntas virem aqui dizer que o senhor presidente da Câmara Municipal trabalha muito bem. Percebemos isso”, referiu, ignorando a tentativa do social-democrata de explicar que se tratava de um assunto específico que está longe de ser coberto pelo programa de incentivo à natalidade. De resto, a autarquia parece não ter em conta a problemática das vacinas. No inquérito que foi preenchido pela executivo  no site do observatório das autarquias familiarmente responsáveis o campo da pergunta “Oferta de vacinas para bebés fora do plano nacional de saúde” ficou em branco.

Rafael Costa tentava esclarecer que estas vacinas absorvem mais de metade do total de apoio atribuído no primeiro ano de vida da criança. É que o actual da ajuda concedida pelo município no programa de incentivo à natalidade, fixado de acordo com a idade da criança, vai no primeiro ano até aos setenta e cinco euros mensais, até sessenta euros no segundo ano e até 50 no terceiro ano de vida, sendo que há uma majoração de dez por cento a partir do nascimento do segundo filho. Já o valor a pagar, a título de exemplo, por três das vacinas (antipneumocócica, antimeningocócica e antirotavírus) não englobadas no PNV chega aos 575 euros. E estas são as mais recomendadas pelos pediatras, os quais consideram o valor da vacina menor que todos os custos que estariam associados às respectivas doenças que evitam.

Os sociais-democratas, que no orçamento defenderam mais verbas para as causas sociais, consideram que face ao peso económico que recai sobre as famílias e de se tratar de “medida com um grande impacto social e de saúde pública, no sentido de proporcionar uma melhor qualidade de vida das nossas crianças” deveria ter um plano próprio. Esta vacinação “representa um custo financeiro elevado no orçamento familiar e que é muitas vezes abandonada por falta de recursos económicos”, explicam na sua proposta os responsáveis do PSD.

Os promotores da proposta defendem que esta seria mais uma forma de ajudar no combate à desertificação do território. Esta medida, referem, permitiria libertar as verbas do plano de apoio à natalidade para as despesas de bens e serviços considerados igualmente indispensáveis ao desenvolvimento da criança, nomeadamente frequência de creche ou similar, consultas médicas, medicamentos, artigos de higiene, puericultura, mobiliário, equipamento, alimentação, vestuário e calçado.

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