Home - Politica - “Éramos o terceiro concelho do distrito”
Imagem vazia padrãoReunido numa convenção autárquica, o líder do PS, José Francisco Rolo, criticou o facto de o concelho de Oliveira do Hospital ter vindo a perder posição, quando comparado com outros municípios do distrito de Coimbra, e deixou um alerta: “o concelho está a envelhecer e isso preocupa-nos".

“Éramos o terceiro concelho do distrito”

O Partido Socialista de Oliveira do Hospital reuniu-se, dia 26 de Janeiro, em convenção autárquica sob o tema “Construir a Alternativa e Gerar Desenvolvimento”.

O repto lançado pela comissão política concelhia, mereceu a resposta favorável de um número considerável de militantes e simpatizantes  – a sala do quarto andar do Hotel S. Paulo estava cheia e até António Lopes, da CDU, não deixou de marcar presença –, que ali se deslocaram para analisar temas relacionados com o poder autárquico, juntas de freguesia, desenvolvimento económico e empresarial, ambiente, acção social, entre outras matérias. Mário Ruivo, director do Centro Distrital da Segurança Social de Coimbra, Vítor Baptista, presidente da Federação Distrital do Partido Socialista e Jorge Bento, presidente da Câmara Municipal de Condeixa também acederam ao repto lançado pelo PS de Oliveira do Hospital.

O ambiente político que se vive no concelho desde a Primavera de 2006 não deixou de merecer destaque na convenção daquele que é o principal partido da oposição em Oliveira do Hospital. E a conclusão a que chegou o líder socialista, José Francisco Rolo, é de que “o PS tem a obrigação de salvar o concelho da irrelevância nacional”. O presidente da Comissão Política Concelhia do Partido Socialista sublinhou o facto de o concelho de Oliveira do Hospital ter vindo a perder posição, quando comparado com outros concelhos do distrito de Coimbra. “Éramos o terceiro concelho do distrito, temos vindo a perder ritmo de desenvolvimento e rumo político”, considerou José Francisco Rolo, defendendo que “o concelho não pode esmorecer”.

Numa intervenção direccionada para o tema da Acção Social, o líder local do partido voltou a fazer alusão ao que já por sucessivas vezes – na condição de vereador da oposição – também fez, em sede de executivo autárquico. Sublinhou o facto de o Plano de Desenvolvimento Social se encontrar expirado e de ser urgente a sua revisão e defendeu a criação da Carta Social e Comissões Sociais de Freguesia. Paralelamente, fez alusão ao facto de o Centro de Actividades Ocupacionais da ARCIAL estar prestes a ser uma realidade, notando que o mesmo conta com o apoio do Governo mediante uma candidatura ao programa PARES. Destacou ainda o “magnífico” pavilhão de reabilitação da Santa Casa da Misericórdia de Galizes que “foi apoiado pelo Governo e é uma referência no alto distrito de Coimbra”.

Ainda na área da Acção Social, Rolo realçou a intervenção dos projectos Bem-Crescer e Agir destinado aos mais jovens. Mas, o elevado número de idosos e de casos de miséria detectados por todo o concelho não deixaram de merecer uma apreciação negativa por parte do líder do principal partido da oposição. “O concelho está a envelhecer e isto preocupa-nos. Há que proporcionar uma merecida qualidade de vida aos nossos idosos”, sublinhou, apontando também o dedo aos casos de miséria. “É a Comunicação Social que os inventa?” questionou Rolo, para no imediato considerar que os casos detectados até “vão sendo resolvidos com o contributo da Comunicação Social”.

“Que se acolham as emergências sociais”

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Na opinião do socialista, o que tem faltado à Câmara Municipal é “organização, planeamento e acompanhamento no terreno”. E foi com esta consideração que Rolo voltou frisar o facto de, por falta de modelo de gestão, o Centro de Emergência Social de Travanca de Lagos se encontrar de portas fechadas. “O centro foi concluído em Junho do ano passado e continua fechado. Ou seja, foram ali gastos 27 mil contos do dinheiro municipal que não servem absolutamente para nada”, frisou, aproveitando para desafiar o presidente da Câmara Municipal a equipar o edifício e a criar um modelo de gestão. “Se o Centro é de Emergência Social que se acolham lá as emergências sociais”, sustentou José Francisco Rolo, considerando que “não é assim que se planeiam as políticas de acção Social”. Para o socialista, importa que a Câmara Municipal dê prioridade ao pelouro da Acção Social.

Rolo sublinhou ainda a importância de o concelho – através da Fundação Aurélio Amaro Diniz e Sociedade de Defesa e Propaganda de Avô – passar a integrar a Rede de Cuidados Continuados. “É preciso trabalhar, juntar as pessoas e encontrar soluções”, concluiu.

Liliana Lopes

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