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“Quando nos fecham um curso, nós abrimos dois”

 

A abertura de um curso ligado à área das energias renováveis é praticamente certa na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital (ESTGOH) que, no passado mês de maio viu a sua oferta formativa reduzida a quatro licenciaturas.

Em causa está a decisão do IPC de encerramento de cursos que apresentem índices de baixa atratividade e que, numa primeira fase também foi extensível à licenciatura de Gestão Integrada em Qualidade, Ambiente e Segurança.

No que respeita a esta última licenciatura, o IPC acabou por recuar na intenção de encerramento, mantendo porém a decisão de atribuir zero vagas ao curso de Engenharia Civil já no próximo ano letivo. A perda de uma das licenciaturas mais emblemáticas da ESTGOH não esmorece o presidente da ESTGOH que, ainda ontem, se revelou confiante num reforço da oferta formativa da escola já em 2012.

Entre as intenções do responsável daquela escola de ensino superior está a abertura de um curso que permita uma ligação direta ao novo projeto da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital.

“A Câmara está a desenvolver a plataforma com vertente de biorefinaria e estamos a tentar trazer um curso nesta área”, explicou Jorge Almeida que confessou a necessidade que teve de reagir face ao anúncio de encerramento do curso de Engenharia Civil. Tal como defende uma parceria entre a ESTGOH e a autarquia, Almeida posiciona-se igualmente numa estratégia de diálogo com o IPC e as restantes escolas que lhe estão afetas.

Confiante num “trabalho de equipa”, o responsável acredita que vai ser possível “trazer propostas muito aliciantes de cursos para a ESTGOH que tenham a ver com a plataforma”. Neste trabalho de equipa, Jorge Almeida sabe que há escolas onde recolhe maiores apoios, até porque tem perfeita noção de que há estabelecimentos de ensino com os quais a ESTGOH não tem tanta afinidade.

A certeza, porém, deixada pelo responsável é de que a “ESTGOH tem que crescer” e que perante o anúncio de encerramento de um curso a escola que dirige não se vai limitar a arranjar um curso substituto.

“Quando nos fecham um, nós abrimos dois”, avisou, garantindo que até 15 de outubro, a ESTGOH terá toda a documentação pronta para proceder à validação necessária à abertura de novas licenciaturas e de um mestrado.

Da estratégia de Jorge Almeida, que se confessa “ambicioso”, faz parte a abertura de cursos em parceria com outras escolas, porque tem consciência da existência de “50 licenciaturas no IPC” e entende que “é na parceria que está muito do futuro das instituições de ensino superior”.

“A ESTGOH está debaixo de um processo de secagem”

Quem não partilha do “otimismo” em torno do futuro da ESTGOH é o deputado municipal João Dinis que, na última reunião da Assembleia Municipal considerou que “a ESTGOH está debaixo de um processo de secagem, pelo esvaziamento de cursos e de garrote financeiro”.

Opondo-se ao aparecimento da ESTGOH nos jornais por maus motivos, mas antes “pelas boas práticas”, o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital deu conta do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pela autarquia, em prol da escola e, lembrou a João Dinis que “só um curso é que foi embora”.

“Veio aqui o presidente do IPC dizer aos jornalistas que a ESTGOH tem viabilidade”, continuou José Carlos Alexandrino que se voltou a opor ao fecho da escola, que “é fundamental para esta zona e para Oliveira do Hospital”.

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