Segundo um ofício da Unidade Local de Saúde da Guarda (ULSG), a que a Lusa teve acesso, foram encerradas na segunda-feira (4) – situação para se manter “durante o período de férias” – 11 extensões de saúde no concelho de Seia.
A ULSG justifica estes encerramentos com a escassez de médicos e o risco de “rotura do serviço de urgência no hospital Nossa Senhora da Assunção, em Seia”. Aquela entidade de saúde considera, ainda, que sem esta reorganização seria “inviável a manutenção sem rotura de atividade na sede do centro de saúde e na extensão de S. Romão”.
A câmara de Seia, por seu turno, “protesta contra a forma como estas mudanças foram anunciadas”, o que “evidencia da parte da ULSG uma total falta de respeito, não só pela autarquia como pelos doentes”.
Segundo o município, “trata-se de criar mais um obstáculo à prestação de cuidados de saúde que se querem de proximidade, gerando descontentamento e o protesto legítimo das populações”.
“Estas mudanças têm de ser operadas com equilíbrio, ponderação, bom senso e justiça, no sentido de não colocar em causa padrões de coesão social e territorial”, afirmou o presidente Filipe Camelo.
Segundo o autarca, o município está a “fazer todos os esforços para trazer para o concelho mais três ou quatro médicos”, que possam colmatar a falta de clínicos.
Desde segunda-feira estão encerradas as extensões de Valezim, Teixeira, Vila Verde, Sameice, Santa Marinha, Girabolhos, Sases, Alvôco da Serra, Santa Eulália, Travancinha e Lajes.
(LUSA)