Os governos e autarcas deste país – independentemente de governarem com ou sem maiorias absolutas – têm que provocar o debate alargado no seio dos cidadãos que os elegem. Vem este comentário a propósito de um controverso processo de aval municipal à instalação de dois novos postos de combustível de marca branca na cidade.
Um já foi licenciado em plena cidade e nem sequer mereceu discussão. O outro – previsto para os terrenos adjacentes à Fundação Aurélio Amaro Diniz (FAAD) –, deu agora azo a que o presidente da Câmara de Oliveira do Hospital se viesse a abster do processo, para estar em coerência com a decisão que tomou no último mandato, e que resultou num veto à construção de uma bomba de gasolina nos terrenos da FAAD, numa parceria que estava a ser encetada por aquela instituição e o Futebol Clube de Oliveira do Hospital.
Como há razões que a razão desconhece, na altura o autarca invocou todo um conjunto de constrangimentos que aquele equipamento poderia desencadear, por se tratar de uma zona sensível. O problema, está em que o posto de abastecimento licenciado, junto ao supermercado Irmãos Gonçalves, também se encontra numa zona de grande sensibilidade e – vamos esperar para ver! – poderá criar grandes transtornos na fluidez do trânsito numa das principais artérias da cidade.
Para que não existam ambiguidades e muito menos insinuações, é por isso que este tipo de projectos, que necessariamente mexem com o quotidiano da cidade, sejam decididos com a maior transparência possível. Todos ficamos a ganhar.
P.S: Em consequência de grande parte dos seus colaboradores estarem de férias durante o mês de Agosto, a edição impressa do Correio da Beira Serra não se publicará dia 18 de Agosto. Regressaremos às bancas dia 2 de Setembro, mas toda a actualidade noticiosa pode ser acompanhada através deste diário digital.