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Arganil recebe teste de sistema tecnológico inovador de protecção contra incêndios rurais

Um sistema de protecção contra incêndios, desenvolvido por uma equipa da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), através da Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial (ADAI) e do Instituto de Sistemas e Robótica (ISR), vai ser testado na próxima sexta-feira, pelas 11h00, na aldeia de Travessas, no concelho Arganil. A tecnologia foi desenvolvida no âmbito do projecto “FireProtect- Sistemas de Protecção de Pessoas e Elementos Críticos Expostos a Incêndios Florestais”, coordenado pelo professor catedrático Domingos Xavier Viegas.

Este sistema de protecção contra incêndios rurais, que é cofinanciado pelo Fundo Europeu para o Desenvolvimento Regional através do Programa Operacional do Centro, será instalado em Travessas e baseia-se, explicam os cientistas da FCTUC, numa “linha de aspersores de água que podem ser accionados numa situação de incêndio proveniente do exterior e que ameace a povoação. Esta linha de aspersores foi repartida em quatro módulos de aspersão independentes distribuídos ao longo de aproximadamente 160 metros, cobrindo as zonas periféricas mais expostas desta aldeia”.

Esta instalação constitui um projecto-piloto que pretende demonstrar possibilidades de autoproteção das comunidades expostas ao risco de incêndio. “Com uma população envelhecida e uma rede de acessos deficitários, Travessas poderá ver-se confrontada com uma situação em que o socorro por meios externos de protecção civil seja difícil ou mesmo impossível, como já sucedeu no passado. Assim, é fundamental que esta povoação, tal como muitas outras, tenha sistemas de autoproteção como este, que funcionem de forma semiautónoma. Estes sistemas podem salvar vidas, preservar bens e facilitar de sobremaneira as actividades dos meios de protecção civil”, salientam os investigadores da ADAI.

A equipa sublinha ainda que este tipo de sistemas “apenas apoia o combate ao incêndio, diminuindo a intensidade do fogo ou extinguindo parcialmente a frente de chamas. As zonas cobertas pela linha de aspersores devem continuar a ser sujeitas a acções de gestão de combustíveis, tal como especificado na legislação em vigor. No entanto, mesmo não eliminando o risco, estes sistemas aumentam de forma significativa a probabilidade das pessoas, casas e aldeias resistirem aos efeitos de um incêndio”.

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