O concelho de Oliveira do Hospital não se tem desenvolvido como outros. Por falta das acessibilidades e da ausência de empenho deste e de outros autarcas que por lá têm passado, não acompanhou o ritmo de progresso, como por exemplo o concelho de Cantanhede ou do Fundão [a CM do Fundão acaba de anunciar um investimento superior a 4 milhões de euros, no âmbito do Portugal 2020, para a construção do Centro de Acolhimento de Empresas Tecnológicas que poderá criar mais 900 novos postos de trabalho qualificados, inserido na estratégia delineada em 2013]. Ambos conseguiram promover e atrair empresas de novas tecnologias, desenvolver a agricultura, a floresta e a indústria.
Por cá, nada disto acontece. Quem conheceu o município de Oliveira do Hospital há três décadas e o conhece nos dias de hoje verifica, facilmente e com amargura, que praticamente parou no tempo. Isto porque as malfadadas promessas dos ICs foram, em minha opinião, projectos que nunca receberam do município de Oliveira do Hospital e dos outros concelhos servidos pela Estrada Nacional 17, o devido empenho para que tudo fosse resolvido. Faltou-lhes coragem. Faltou-lhes união para que, todos juntos, tivessem exigido dos diversos governos os acessos que, como tenho recordado insistentemente, nos foram prometidos inúmeras vezes. Só que a mentira tem um tamanho maior que a Serra da Estrela.
Podemos dizer que o desenvolvimento nas últimas dezenas de anos nos está a passar literalmente ao lado. E enquanto não houver medidas duras, não poderemos dizer que esta região tem, ou teve, políticos competentes para exigir um direito que já devia ter sido concretizado há décadas.
Autor: Fernando Tavares Pereira
- Como estamos em Agosto, interrompo até ao final deste mês esta minha colaboração