O membro da Asssembleia da União de Freguesias de Ervedal da Beira e Vila Franca da Beira João Dinis insiste que é necessária a realização de análises aos muitos quilos de peixes mortos, à água e ao lodo do leito do rio Mondego junto a um açude que fica um pouco a jusante da Ponte da Atalhada, na EN 230, Ponte que une os concelhos de Oliveira do Hospital e Carregal do Sal. “É necessário saber porque é que isso aconteceu, ali, nesse exacto troço junto ao tal Açude”, refere, criticando a obra que ali foi feita e que absorveu 160 mil euros. João Dinis insiste que a realização do açude patrocinado pela CM de Oliveira do Hospital poderá ter tido efeitos nefastos ao impedir a passagem dos peixes e solicita, por isso, a abertura de um auto de contra-ordenação.
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“Lembro que a 2 ou 3 de Fevereiro do passado mês de Fevereiro, eu enviei uma ‘exposição/apelo’ a muitas de Vossas Excelências a chamar a atenção para um muito controverso ‘projecto’ promovido pela Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, sob o patrocínio da APA, Agência Portuguesa do Ambiente, e pago (mais de 160 mil euros) pelo Fundo Ambiental. Esse ‘projecto’ alegadamente para regularização da margem esquerda do Mondego – nesse mesmo troço do Mondego onde, agora, apareceram os peixes mortos – foi realizado antes das cheias de 23 /24 de Dezembro do ano passado. Com essas cheias, ficou à vista o erro em que deu o ‘projecto’ tal como foi concebido e executado pois acabou por dar o resultado contrário ao seu objectivo propagandeado. Afinal, contribuiu para destruir dezenas de metros da margem esquerda nesse local!”, frisa João Dinis, eleito pela CDU.
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Sublinhando que o açude agora em causa – junto ao qual (lado de cima) apareceram os muitos peixes mortos – também foi intervencionado na execução desse “projecto”com o altear dos últimos metros do açude junto à margem direita do rio, João Dinis explica que “antes dessa intervenção a alteá-lo nessa parte, passava muita água mesmo no Verão e que, com a intervenção lá feita, deixou de passar por ficar represada…”. “Ou seja, se de facto foi por “falta de oxigénio” que os peixes ali morreram, essa alteração estrutural a altear o Açude nessa parte, terá para isso contribuído decisivamente pois fez com que os peixes maiores ali se amontoassem ‘à procura’ da passagem do Açude que estavam habituados a utilizar e que agora não encontravam…”, continua.
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João Dinis pede, por isso, a abertura de um auto de contra-ordenação para se averiguar o que ali aconteceu não só para determinar a atribuição das correspondentes responsabilidades mas também para se evitar novos desastres congéneres. “Nesse contexto, requeiro ser ouvido a depor e informo que há um outro Cidadão – Paulo Alves Santos – aliás o proprietário das várzeas afectadas pela execução do mencionado ‘projecto’ e, agora, com o enterramento dos peixes mortos.