Naquela hora o amor fugia-te pelo precipício até cair sobre as rochas e tu cais nele comigo porque o medo assim o exigia;
Não sejamos cobardes e encolhe-te comigo nos pequenos espaços que a vida dá como a liberdade;
Bebe do mesmo vinho que eu e andaremos na estrada até à nossa morte.
Não saberemos onde será o norte e o sul, perderemos-nos nas grandes encostas à beira mar e continuaremos a beber do mesmo vinho.
À noite teremos a lua para nos guiar junto do céu azul e a espuma das ondas a gritarem por nós como se fossemos o oceano ou qualquer coisa indefinida e invisível no mundo.
Onde é este, onde é oeste, é a rosa dos ventos que nos guia ou o impulso de confiarmos e desafiarmos todas as leis da humanidade?
Naquela hora, vamos os dois cair do precipício e endireitar-nos-emos num furacão qualquer perto desta poeira, desta poeira chamada:
Mundo.