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Agostinho Almeida Santos recebeu medalha de Ouro e alertou para quebra demográfica e ameaça de encerramento do SAP oliveirense

 

O “grave problema demográfico que o país está a enfrentar” e a possibilidade de Oliveira do Hospital “ficar de fora da rede dos cuidados de saúde locais e regionais”, foram as preocupações que o conhecido médico ginecologista, professor universitário reformado e antigo presidente do Conselho de Administração dos Hospitais da Universidade de Coimbra levou à sessão solene comemorativa do dia do município de Oliveira do Hospital, na última sexta-feira.

Alvo de distinção por parte da Câmara Municipal, Agostinho Almeida Santos, natural de Meruge, recebeu a medalha de Ouro das mãos do presidente da Assembleia Municipal, António Lopes e numa intervenção em que outorgou a distinção a três “figuras” que recordou – primo, padrinho e pai – o conhecido médico dirigiu um apelo aos responsáveis da governação.

“Desafio a refletirem sobre o grave problema demográfico que enfrenta o país e que se lembrem que a maior riqueza do país são as pessoas”, referiu, certo de que “é preciso fazer nascer mais crianças”, porque “o nosso país está em míngua de capital e humano” e “desertifica-se”.

“Nascem menos pessoas do que morrem em cada ano”, continuou o médico especialista em reprodução medicamente assistida e responsável pelo nascimento de cerca de 20 mil crianças em Portugal.

Agostinho Almeida Santos, que também contribuiu para o nascimento de alguns oliveirenses, referiu que é possível inverter a situação de quebra demográfica com uma “rede sanitária bem estruturada na área da reprodução da qual podem vir a nascer, em Portugal, cerca de 4500 crianças por ano, no seio de casais que as querem e desejam”.

O médico salvaguardou, porém, que para que rede seja frutuosa, não pode continuar a política de “encerramentos impensados de cuidados de saúde locais e regionais”. Foi exatamente neste contexto, que o clínico alertou para a ameaça de encerramento que continua a pairar sobre o serviço de urgências de Oliveira do Hospital.

“Daqui lanço o repto: o de Oliveira do Hospital, não”, afirmou, na expetativa de que “a voz da Beira Serra chegue ao cume da montanha do poder”.

“A Câmara Municipal fez aquilo que devia e que nos orgulha a nós”

Naquele que foi um dos principais momentos da sessão comemorativa do dia do município, coube ao oliveirense, ex deputado europeu, António Campos, realizar o elogio público ao médico natural de Meruge.

“A Câmara Municipal fez aquilo que devia e que nos orgulha a nós”, referiu António Campos tomando por base o percurso de vida de Almeida Santos. “O senhor é responsável pelo nascimento de cerca de 20 mil meninos”, frisou, considerando que Almeida Santos tem “uma profissão fantástica e das mais nobres que existem”.

Ao mesmo tempo, António Campos elogiou a disponibilidade do clínico enquanto “servidor público”, numa altura em que “abandonou tudo para dirigir os HUC”.

Do mesmo modo, também apreciou a sua “personalidade porque “quando se discorda, deve-se tomar posições”. “Quando quiseram transformar os HUC em empresa, disse adeus”, pormenorizou António campos, entendendo que tal atitude “demonstra personalidade forte de um servidor”.

E é exatamente entre os melhores do concelho – “cidadãos de elevada craveira intelectual, homens da ciência, com provas dadas em vários domínios” – que o presidente da Câmara Municipal localiza o Agostinho Almeida Santos.

“Um homem que tanto tem contribuído para levar a felicidade a inúmeras famílias portuguesas e estrangeiras”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, José Carlos Alexandrino que em plena sessão confidenciou que as suas duas filhas também são fruto do acompanhamento médico do reputado especialista.

“O professor Agostinho Almeida Santos honra Oliveira do Hospital e honra Portugal e é um exemplo de humanidade. Sei do que falo”, sentenciou o presidente do município.

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